domingo, fevereiro 19, 2023
O avivamento ainda não acabou
terça-feira, agosto 11, 2020
Todavia, eu me alegrarei no Senhor

O livro de Habacuque ensina-nos a entregarmos as nossas dúvidas e aflições ao Senhor Deus através da oração e a caminharmos com fé e confiança no Senhor, no meio das nossas piores crises e lutas.
O capítulo 3 é uma oração em forma de cântico. Provavelmente este Salmo de adoração e louvor a Deus seria usado no templo em Jerusalém. É uma Teofania, ou seja, uma manifestação de Deus e dos seus propósitos. Martyn Lloyd-Jones disse que Habacuque agora só está interessado na glória de Deus e mais nada.
Quando Habacuque ouviu as respostas do Senhor temeu e tremeu. Estremeceu por todos os lados: lábios, ossos, ventre e coração (v.2 e 16). Em prantos, o profeta tem a noção clara da grandeza portentosa do Senhor e da sua podridão interior. Mais importante do que entender a origem da existência da mal no mundo (um dos grandes temas deste livro) é reconhecermos e arrependermo-nos da nossa própria maldade.
O profeta ao ouvir os juízos do Senhor clama por avivamento (v.2). “Avivar” aqui é um pedido de preservação da vida, é um rogo para não ser destruído na invasão babilónica que estava para vir. Mas também é um grito por renovação espiritual.
Normalmente o avivamento surge num quadro de perversidade e frieza espiritual. O avivamento vem de Deus e é um retorno à centralidade da Palavra de Deus, à conversão e santificação. Hernandes Dias Lopes diz que “Precisamos de um avivamento que coloque a igreja nos trilhos da sã doutrina e a desperte para viver piedosamente.”
Deus envia o avivamento espiritual quando vê quebrantamento, arrependimento e confissão. A glória de Deus torna-se manifesta a todos e um grande número de almas são salvas. Clamemos a Deus, conforme fez Habacuque: “Aviva, ó SENHOR, a tua obra!”
O livro termina de forma admirável. A invasão babilónica iria devastar a agricultura, o gado, as provisões e todo o sustento de Judá e do profeta. Muita fome e miséria estavam para acontecer. Mas mesmo assim, "ainda que...", o profeta declara a sua confiança em Deus: “Todavia, eu me alegrarei no Senhor!” (v. 18).
Alegrar-se em Deus quando as coisas correm de feição é relativamente fácil, o
nosso grande desafio é continuar a confiar nele no meio das aflições
desta vida e quando tudo
parece ruir.
O profeta começou com dúvidas mas termina com fé. No capítulo 2 “o justo viverá pela fé”, no capítulo 3 “o justo está a viver pela fé!” Uma coisa é conhecermos intelectualmente a vida da fé, outra bem distinta é vivermos pela fé! Não se trata de negar as maldades ou meter a cabeça na areia quando tudo vai mal, nada disso! É confessar os nossos pecados e confiar em Deus em todas as circunstâncias.
A fé bíblica e madura é aceitar a vontade de Deus, independentemente dos resultados. Deus nem sempre muda a nossa conjuntura, mas pode transformar a nossa maneira de enfrentar as situações mais difíceis. Isso é viver pela fé!
O Livro começa com “o peso” do Profeta e termina com a alegria e a força do Senhor Jeová. Começa no mais no vale da dúvida e termina na mais alta montanha da fé. G. Campbell Morgan disse que “A nossa alegria é proporcional à nossa confiança. A nossa confiança é proporcional ao nosso conhecimento de Deus.” Podemos confiar em Deus porque Ele continua a ser o Senhor soberano que está no controlo de todas as coisas.
Aprendemos muito com Habacuque. É melhor subir à nossa torre de vigia para orar e ouvir Deus falar, do que reclamar e querer entender todos as sombras e contornos da nossa vida. A alegrarmo-nos no Deus da nossa salvação, independentemente das circunstâncias. A viver mais por fé e menos por vista.
segunda-feira, julho 20, 2020
Toda a maldade será punida

terça-feira, julho 07, 2020
Viver pela fé
quinta-feira, março 12, 2020
Perplexos, mas nunca desesperados
Habacuque conhece quem Deus é. Sabe que Deus é eterno, santo, justo, seguro, poderoso, Rei e Senhor. Conhecer Deus leva-nos a adorá-lo e prepara-nos para enfrentar as lutas e dificuldades. Quanto mais conhecermos quem Deus é, mais preparados ficaremos para as maldades e adversidades desta vida. Hernandes Dias Lopes disse que "O conhecimento de Deus é o maior antídoto contra o desespero.”
Perante o mal que se avizinha, o profeta chega à conclusão que o melhor é ficar na fortaleza do Senhor e vigiar (Hc 2:1). Martyn Lloyd-Jones diz que o princípio que ressalta deste livro profético é que devemos desligar-nos do problema e descansar em Deus. Em vez de nos focarmos nos problemas, oremos e confiemos mais no Senhor.
Esta nova pandemia, o COVID-19, mais conhecido por coronavírus, veio expor o medo, o vazio existencial, a agonia e o desespero que muitas pessoas vivem. Como lidar com o mal que nos bate à porta é um dos grandes assuntos de Habacuque. No que concerne ao coronavírus, é bom seguir as orientações médicas e os planos de contenção estabelecidos pelas autoridades. Mas e em relação aos outros males? As pestes, as doenças, as maldades, a morte não devem assustar os verdadeiros cristãos. Se cremos que com Cristo vivemos, ainda que fiquemos doentes ou morramos continuamos a ser do Senhor.
Os apóstolos sofreram muito mas não ficaram desesperados: "Somos atribulados de toda a maneira, mas não definitivamente esmagados; perplexos mas não desanimados. Somos perseguidos, mas não desamparados por Deus. Somos derrubados, mas levantamo-nos e prosseguimos." (2Co 4:8,9 - O Livro).
Mais importante do que termos todas as explicações e respostas em relação ao mal e à maldade, oremos, vigiemos e esperemos com fé no Senhor. “A minha alma espera somente em Deus; dele vem a minha salvação. Ó minha alma, espera somente em Deus, porque dele vem a minha esperança” (Salmos 62:1,5). Deus é a nossa esperança.
terça-feira, fevereiro 11, 2020
"Até quando, Senhor?"

Jerusalém estava cheia de pecado e violência. Habacuque queixa-se, não CONTRA Deus, mas A Deus: "Até quando, Senhor?". O profeta queria entender os propósitos do Senhor e clamava a Ele por justiça e pela Sua intervenção em Judá. "Até quando?" é um grito de socorro, um pedido de ajuda ao Altíssimo para que Ele intervenha.
Deus vai dar a resposta ao profeta a partir do versículo 5. O Senhor diz que vai enviar os terríveis caldeus, vindos do Oriente e liderados por Nabucodonosor, para possuir a terra de Israel e levar cativos os judeus. O profeta reclamou do silêncio de Deus, mas quando Deus falou ficou ainda mais apreensivo. Temos muita pressa em obter as respostas de Deus, mas muitas vezes elas não são aquilo que esperávamos.
Os caldeus eram um povo cruel. Estavam bem equipados para a guerra, eram corajosos e temidos por todas as nações. Poderosos e arrogantes. David Baker diz que “os babilónicos eram arrogantes, colocando-se no lugar de Deus, chegando a promulgar o direito de se honrarem a si mesmos. O poder e o orgulho com frequência caminham juntos.”
Quatro conclusões e aplicações:
1. O mal é real. O mal não é apenas um problema teológico ou filosófico; Habacuque estava mesmo a viver a maldade dos judeus e iria sentir na pele a violência dos caldeus. O mal é interior e exterior. Está em nós, porque somos todos maus e vem até nós, porque o mundo está no maligno. A única forma de vencer o mal é fazer o bem, deixando Cristo viver em nós e por nós.
2. Deus intervém! Ao contrário do que muitos imaginam, Deus não está indiferente dos assuntos terrenos. O soberano Senhor está atento e tece a história. Jó esperou 38 capítulos pela resposta de Deus, Habacuque esperou 5 versículos. No Seu tempo, Deus sempre responde a quem clama com sinceridade. “Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes.” (Jr 33:3)
3. Deus pode usar os ímpios para cumprir os seus soberanos propósitos e para nos refinar. Ao contrário do que pregam os teólogos da prosperidade, é o próprio Deus que envia lutas e perseguições aos seus filhos para os corrigir e aperfeiçoar. Às vezes são as circunstâncias e as pessoas mais difíceis na nossa vida, que nos ajudam a depender mais dele.
4. Deus enviou Jesus. Vemos nesta passagem que Deus enviou os caldeus para disciplinar Israel, mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Jesus Cristo. Ao contrário dos caldeus, o Messias não veio para nos disciplinar ou condenar, mas para nos salvar (João 3:17). Quem nele crer está salvo e seguro. Até quando vais duvidar do Senhor?
segunda-feira, janeiro 13, 2020
Abraçar a fé em Deus
Fala-se em Habacuque sobre a providência divina – a grande sabedoria com que Deus tece e conduz todas as coisas. A maravilhosa e misteriosa intervenção divina na história do mundo e na nossa história. Percebe-se a intimidade que deve existir na oração. O profeta dialoga com Deus, porque a oração mais do que fazer uma reza mecânica, é uma conversa. Habacuque clama, lamenta, expõe as suas dúvidas, escuta.
“Até quando, Senhor?” (Hc 1:2) “Porque é que o poderoso Deus não intervém diante de tanta maldade?” Parece que Habacuque se junta a Jó e aos salmistas e interroga-se sobre a existência do mal e da maldade. Discute-se em Habacuque a Teodiceia antes de Leibniz a ter "inventado".
O livro começa com lamento e questionamentos, mas termina com fé e alegria. Diante da ruindade humana, mesmo na escassez e sofrimento, o profeta aprendeu a confiar no Senhor. Por muito que nos custe aceitar, há propósito no sofrimento. Tim Keller escreveu que “Quando a dor e o sofrimento nos atingem, finalmente compreendemos que não temos controlo sobre as nossas vidas, nem nunca tivemos.”
Mesmo quando as coisas não correm conforme queremos, é melhor crer e confiar no soberano Deus do que nas nossas dúvidas ou lamurias. "O justo, pela sua fé, viverá" (Hc 2:4). O Senhor tudo sabe e tudo pode.