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quinta-feira, julho 24, 2025

Estás a confiar em quem?


Um jovem rico ajoelha-se diante de Jesus e pergunta: "Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" Jesus diz-lhe: "Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus." Jesus questiona a pergunta do jovem não porque não era bom, mas para despertar a consciência dele. Aquele jovem desconhecia que Jesus era mais do que um bom Mestre. Diante daquele jovem estava O próprio Deus encarnado e O Salvador.

Jesus acrescentou que ele devia guardar os mandamentos. Na sua presunção, o jovem respondeu que fazia isso desde pequeno. O Senhor olhou para ele com olhos de amor e compaixão e disse que lhe faltava uma coisa - vender tudo quanto tinha, dar aos pobres e seguir Jesus. Contrariado, o jovem retirou-se triste porque possuía muitas propriedades.

O jovem rico não seguiu Jesus.  Desprezou Jesus, perdeu a vida eterna. Ganhou este mundo, perdeu a eternidade. Preferiu ir para o inferno do que largar os seus bens. O jovem rico tornou-se o mais pobre de todos os pobres. Ganhou este mundo, perdeu o outro. 

Então, Jesus, olhando agora para os seus discípulos exclamou: "Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas!" Isto não significa que os ricos não podem ser salvos ou que só os pobres é que podem entrar no Reino de Deus. Nada disso. O grande alvo de Jesus não é melhorar a vida de pessoas na terra, é levá-las ao céu. Jesus está a afirmar que os que têm riquezas têm uma dificuldade ainda maior para entrar no Reino celestial. 

Os discípulos admiraram-se muito com aquelas palavras de Jesus. Porquê? Os judeus acreditavam que a prosperidade era um sinal do favor divino e que um homem próspero era um homem que merecia o Reino de Deus. Hoje alguns evangélicos ainda acreditam nisso. Jesus explica melhor: “Filhos, quão difícil é, para os que confiam nas riquezas, entrar no Reino de Deus!” O problema não estava em ter riquezas, mas em depositar a confiança nas riquezas. Ao contrário do que os judeus pensavam, as riquezas não facilitam a entrada no reino de Deus. Dificultam ainda mais! Os que confiam nas riquezas fazem do dinheiro o seu deus (Mamom) e por isso não confiam no verdadeiro Deus.

Para ilustrar esta impossibilidade de alguém que confia nas riquezas ser salvo, Jesus diz “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus.” Alguns dizem que a agulha era uma porta pequena que existia na muralha em Jerusalém e que os camelos tinham dificuldade em passar. Mas isto é uma lenda inventada no século IX. A maioria dos estudiosos rejeita essa explicação, porque não há evidência histórica ou arqueológica de que existisse tal porta em Jerusalém. Jesus usa esta hipérbole para reforçar a impossibilidade de um pecador alcançar a salvação por si próprio.

Os discípulos de Jesus, ainda ficaram mais intrigados: “Quem poderá, pois, salvar-se?” Jesus olhou para eles e respondeu: “Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis.” A conversão de um pecador é uma obra sobrenatural de Deus. É milagre do Espírito Santo. Ninguém pode salvar-se a si mesmo. Ninguém pode nascer de novo por si mesmo. Sim, a salvação é impossível para o homem, mas louvado seja o Senhor, porque para Deus, todas as coisas são possíveis. A graça de Deus pode alcançar e salvar o pior dos pecadores! Deus até pode salvar um bilionário idólatra que se arrependa e creia que Jesus Cristo é o único Salvador e Senhor. 

Considerando estas palavras de Jesus, Pedro pergunta: “Eis que nós tudo deixamos e te seguimos, o que receberemos?” (Mt 19:27). O jovem rico não seguiu Jesus, mas o que dizer daqueles que largam tudo e seguem Jesus como os doze Apóstolos e outros discípulos? O Senhor prometeu que esses receberão cem vezes mais do que tinham. A promessa é presente e futura. Mas também enfrentarão “perseguições”. Conforme disse Paulo a Timóteo: "Todos aqueles que querem viver uma vida dedicada a Cristo Jesus serão perseguidos" (2Tm 3:12 - VFL). Mas a maior de todas as dádivas, é que o seguidor de Jesus receberá no século vindouro a vida eterna, por causa da graça de Deus.

“Muitos primeiros serão derradeiros, e muitos derradeiros serão primeiros”, conclui Jesus. No Reino de Deus a lógica é diferente: muitos que são ricos e poderosos neste mundo serão desprezados, e muitos que são ignorados e nada tiveram aqui, serão primeiros no Reino de Deus. Aqueles que parecem ser os “primeiros” - os ricos, poderosos, religiosos de aparência, influentes - ficarão excluídos e desprezados por Deus. E os “últimos” - os pecadores arrependidos, os cristãos que por vezes são desprezados e ignorados por todos - serão elevados e colocados em lugares de honra. 


QUATRO APLICAÇÕES 

1. Confiar nas riquezas é uma loucura. Jesus contou uma história, em Lucas 12 de um homem rico que teve uma colheita farta e armazenou tudo em celeiros novos. Ele disse a si mesmo: “Armazenaste o bastante para os anos futuros, agora, repousa, come, bebe e diverte-te!”  Mas Deus disse-lhe: “Louco! Esta noite te pedirão a tua alma e o que preparaste, para quem será?” As riquezas são incertas, passageiras e incapazes de salvar a alma. Não garantem o futuro, nem protegem da morte e do juízo eterno. Pv 11:28 diz “Aquele que confia nas suas riquezas cairá.” Confiar nas riquezas é a grande loucura desta vida, porque quem confia nas riquezas não pode confiar em Deus. 

2. Confiar em Deus é melhor do que as maiores riquezas desta vida. Ao contrário do dinheiro e das riquezas, Deus é eterno, poderoso, dá segurança real e vida eterna. “Fujam do amor ao dinheiro; contentem-se com o que têm, porque Deus disse: ‘Não te deixarei, nem te abandonarei.’” Hb 13:5 [OL].

3. É impossível ao homem salvar-se a si mesmo. “Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis.” A salvação é algo sobrenatural que transcende o esforço humano. Só Deus, através da sua graça, nos pode dar fé para crer na salvação de Jesus. 

4. Seguir Jesus Cristo compensa. Quem deixa tudo por amor a Cristo será recompensado, nesta vida e na eterna. O objectivo do discipulado não é receber recompensa. Não servimos a Deus por aquilo que Ele dá, mas por quem Ele é. 


A grande pergunta a que tens que responder é: Em quem estás tu a confiar?

domingo, maio 18, 2025

É importante votar


A democracia não é um sistema perfeito, mas é o meio pelo qual a voz de uma pessoa se faz ouvir e pode fazer a diferença. Apelo ao voto. 

#Legislativas2025

quarta-feira, setembro 29, 2021

A inebriante loucura dos poderes

Há nos políticos (e em todos os poderes em geral) uma inebriante loucura de se julgar dono do mundo e das pessoas. Um sopro e tudo passa.

terça-feira, setembro 24, 2019

Tudo é política, tudo é religião

Tenho evitado falar da actualidade política. Não é a minha causa, mas se pensarmos bem, tudo é política e tudo é religião. A sociedade mais ateia é política e a sociedade mais anárquica é religiosa. Por mais que se queira separar as águas, as ideias, as crenças e as descrenças estão sempre presentes, dentro e fora das águas.

Um estudo divulgado hoje no Parlamento Europeu diz que a insatisfação com a política é a principal razão apontada para a taxa de abstenção recorde de 68,6% verificada em Portugal nas eleições europeias deste ano. Há um desencantamento geral em relação à maior parte dos políticos. O debate político e ideológico tem sido fraco. Todos querem conquistar o "centrão", mas a virtude já não mora no meio há muito.

Falta coragem para lutar pelas boas ideias e pelas boas causas. Tratar as pessoas como indivíduos e não como meros contribuintes. Falta valorizar o trabalho e aumentar os míseros salários de quem trabalha. Falta apoiar mais as famílias, os filhos, os velhos, os doentes. Que cada um vote em quem acha que mais contribuirá para o bem de todos. A minha causa continua a ser Jesus Cristo. Mais do que política e religião, Cristo é a resposta para este mundo perdido. Só Ele pode dar vida e esperança real.

segunda-feira, setembro 09, 2019

Oliveiras in Wonder London

As férias acabaram. Parece que passou mais rápido que o normal. Londres é uma cidade multi-cultural, vibrante, a fervilhar de vida, muita cor e movimento. Tinha estado lá com a minha Raquel há 28 anos, quando casamos, e este ano, retornamos com o fruto do enlace, as nossas preciosas filhas. O sonho da Jéssica tornado realizado.

Caminhamos em 7 dias mais de 100 Km (os protestantes também rasgam pés). Andamos de metro, comboio, táxi, barco. Muitos quilómetros de metro! Visitamos museus, belos jardins verdejantes, as muitas pontes sobre o Thames, o London Eye, as lojas, pubs, as praças repletas de gente. Desfrutamos de dias e noites muito quentes - tivemos dias com mais de 30 graus. Participamos de um culto abençoado no templo histórico de Charles Spurgeon: o Metropolitan Tabernacle.

É muito bom viajar em família. O melhor foi termos feito juntos esta viagem. O pior de tudo foi viajar com a Ryanair. Cobraram taxas absurdas pelas malas, não cumpriram horários, pilotos desastrados e não respeitam as pessoas. Desaconselho a todos a Ryanair!

Ficou muito por visitar, mas muito para guardar na memória e no coração.

God bless Britain!

segunda-feira, julho 08, 2019

O Pássaro-Judeu-Falante

Li na semana passada o fabuloso conto de Bernard Malamud, o Pássaro-Judeu. Schwartz era um pássaro falante que passava a vida a fugir dos anti-semitas. Certo dia entrou pela casa adentro da família de Cohen, um comerciante corpulento e não mais de lá quis sair. Mas o comerciante convivia mal com pássaros falantes (quanto mais judeus!) e procurava expulsá-lo! Passaram-se meses. Mesmo depois do pássaro-judeu-palrador ter feito tanto bem naquela casa, achando-se sozinho com o pássaro, Cohen agarrou nas pernas finas de Schwartz, rodopiou-o e lançou-o na escuridão da noite.

O pior dos monstros não paira sobre a nossa cabeça, somos nós próprios. Somos Cohen. As mãos ensanguentadas dos anti-semitas são as nossas. A maldade que crucificou injustamente o Filho de David é nossa.

quarta-feira, junho 26, 2019

Não às discussões insensatas

Gosto de conversar, mas não tenho o mínimo interesse em alimentar discussões intermináveis. Não quero perder tempo com controvérsias, polémicas, temas fracturantes e debates estéreis que não produzem nenhum fruto. Não me interessa contraditar pelo prazer do contraditório. Não contem comigo para alimentar conversas cujo único intuito é deitar abaixo, dizer mal ou denegrir pessoas ou ideias.

Não quero ter razão no que digo e muito menos ganhar debates aqui e acolá. Não quero opinar sobre tudo e muito menos ter a última palavra. Estou a aprender a calar-me. Não me interessa conhecer a última moda, a nova tendência, o novo conceito ou o orador de que todos falam.

As redes sociais são incendiárias, mas também podem ser didácticas. Tenho aprendido muito com elas. Digo não às discussões insensatas.


"Não te deixes envolver em discussões insensatas e genealogias e contendas sobre a obediência às leis judaicas. São coisas inúteis e sem verdadeiro significado." Tito 3:9 (versão "O Livro")

terça-feira, março 26, 2019

Não nos curvaremos às estátuas!

O Rei Nabucodonosor até parece que quis materializar o sonho que tinha tido no capítulo 2 e mandou fazer uma gigantesca estátua em ouro no Capítulo 3 de Daniel. A estátua com cerca de 30 metros de altura seria mais um obelisco do que a imagem de uma pessoa. Servia para ostentar com orgulho o poderio babilónico e para exaltar os muitos deuses da grande Babilónia.

No dia da consagração da estátua, todos foram convocados. Ao ouvirem o som dos instrumentos, todas as pessoas tinham que se ajoelhar e adorar a estátua. Quem não o fizesse seria lançado imediatamente na fornalha de fogo ardente. Todos se curvaram menos 3 jovens: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Estes rapazes eram judeus que tinham sido feitos prisioneiros em Israel e, de acordo com a Lei de Deus, não se curvavam a estátuas.

O nosso Estado laico, que devia ser imparcial em assuntos religiosos, continua hoje a erigir muitas estátuas. Promove leis perversas, legaliza os fracos deuses deste tempo, certifica o relativismo, o egoísmo e a maldade. Além de fomentar o afastamento do Deus vivo, quer que os cristãos se curvem à sua agenda imoral. Porém, os servos do Deus Altíssimo preferem morrer do que curvarem-se aos Nabucodonosores deste século.

Alguns caldeus fizeram queixinhas de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego por eles não se vergarem à estátua. A sua motivação era a inveja dos cargos que eles tinham na Babilónia. A inveja é um veneno que corrói a vida do invejoso e de todos à sua volta. Estes ingratos caldeus, seriam os mesmos que foram poupados da morte por causa de Daniel e destes três amigos. Martinho Lutero disse que "existem três cães perigosos: a ingratidão, a soberba e a inveja, e quando mordem deixam uma ferida profunda". Os cristãos devem contar com invejas, lutas e provas. As provações servem para aferir e refinar a fé que temos em Deus.

Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram levados ao Rei e não temeram nem o Rei e nem a ameaça de morte no forno ardente. Revelaram coragem e ousadia e não fizeram concessões. Tinham o esclarecimento espiritual para adorar e servir somente a Deus. Sabiam que Deus era poderoso para os livrar do fogo, mas também sabiam que Deus podia não querer livrá-los. A fé verdadeira aceita a vontade de Deus, seja ela qual for. Eles estavam dispostos a morrer por causa da fé exclusiva no Senhor.

Foram lançados amarrados ao Forno. De repente, surgiu um quarto Homem, semelhante ao “filho dos deuses”. Gosto de pensar que era O Senhor Jesus, numa das suas pré-encarnações. Dançavam os quatro homens, livres no meio da fornalha acesa. O diabo faz-se presente pela força e violência e usa o poder da imagem; Deus faz-se presente no meio das piores dificuldades através de Jesus. O diabo amarra, Jesus liberta-nos!


Amigos cristãos, não nos curvemos aos ídolos deste tempo e nem aos ídolos do nosso coração. Sirvamos ao único Deus e Senhor. Falemos a verdade!

segunda-feira, fevereiro 04, 2019

Fé incontaminada na graça de Deus

A primeira coisa que fizeram aos jovens judeus prisioneiros na Babilónia foi mudar-lhes o nome (Daniel 1). A mudança dos nomes era uma forma de arrancar destes jovens a identidade, as raízes e tudo aquilo que os ligava a Deus e à nação de Israel. João Calvino diz "que os seus nomes foram mudados - para que o rei pudesse apagar dos seus corações e mente a memória da sua própria nação, forçando-os a rejeitarem as suas origens." Eles traziam gravado no nome a influência de Jeová e cunharam-nos com nomes dos deuses Babilónicos. Se há coisa que o mundo caído procura fazer aos cristãos é roubar-lhes a identidade de filhos de Deus e impor-lhes o pensamento da época.

Daniel decidiu no seu coração não se contaminar com as comidas do rei (1:8). Os judeus não estavam proibidos de comer carne e de beber vinho, mas aquela comida babilónica tinha sido oferecida aos ídolos. O problema não estava na comida em si, porque “Todas as coisas são puras para os puros” (Tito 1:15), mas naquilo que representavam aqueles manjares babilónicos. Não há consenso entre os ídolos e Deus. Quando andamos saciados com a comida celestial não queremos comer as iguarias do inferno.

“Deu Deus a Daniel graça e misericórdia" (v.9). Daniel podia morrer por rejeitar a comida do rei, mas a sua esperança estava na graça e misericórdia do Rei dos reis. Precisamos tanto da graça e da misericórdia de Deus! A graça divina não é um prémio por bom comportamento, mas a Bíblia ensina-nos que quanto mais obedecemos a Deus, mais Ele acrescenta a Sua graça e bênção à nossa vida! Foi assim com Noé, Abraão, Jacó, José, David, Raabe, com Daniel e com muitos outros.

Daniel e os seus amigos viveram num ambiente hostil e mau, mas mesmo ali, não se contaminaram espiritualmente e não permitiram que coisas de fora mudassem a fé que estava nos seus corações. Daniel não se queixou, não ficou revoltado e nem ficou agarrado às injustiças da Babilónia, Daniel permaneceu firmado na graça de Deus e foi um exemplo de fé para todos. Ainda hoje se fala da fé incontaminada de Daniel.

domingo, janeiro 06, 2019

Mundo novo

"O propósito da redenção não é ajudar indivíduos a fugir desse mundo. É a vinda do reino de Deus para renovar o mundo. O propósito de Deus não é somente salvar indivíduos, mas criar um novo mundo baseado na justiça, na paz e no amor, ao invés de poder, conflitos e egoísmo. Se Deus é tão dedicado ao ponto de sofrer e morrer, cristãos certamente deveriam também buscar uma sociedade baseada no amor e na paz de Deus."

Timothy Keller

segunda-feira, setembro 17, 2018

A bênção da rotina diária

"Tirar férias de verão para construir poços em África é, para algumas pessoas, um chamado autêntico. Mas também o é consertar a canalização da casa de um vizinho, alimentar a família e compartilhar o fardo e as alegrias de uma igreja local. Aquilo que somos chamados a fazer todos os dias, exactamente onde Deus nos colocou, é rico e compensador."

In: HORTON, Michael. Simplesmente Crente. SP: Editora Fiel, 2016, p. 29.

sábado, setembro 15, 2018

Férias é família


As férias passaram, o trabalho recomeçou. Foi tempo de descanso, tempo de família, tempo de belos mergulhos nas piscinas e nas águas quentes do Sul, tempo para colocar as leituras em dia (li oito livros), tempo para serenar a alma, tempo para desligar a Internet, tempo para estar com bons amigos e para desfrutar de algumas outras boas coisas que só são possíveis nas férias. Soube a pouco, mas sabem bem estas vírgulas. Não tenho grande admiração por pessoas que se orgulham de nunca fazer férias, que vivem só para trabalhar, que não investem tempo no descanso. Afinal de contas, o Sábado não é invenção humana, foi Deus que o criou.

A tarde deste Sábado, foi uma espécie de prolongamento das férias, com mais um tempo fantástico em família num passeio a Santo Tirso. O dia culminou com um cachorro especial, com muito queijo derretido e regado com molho de "Francesinha à la JÓ". A dieta começa na segunda-feira.

domingo, abril 22, 2018

Estar no mundo sem ser do mundo

"A igreja não foi chamada nem para se excluir nem para se assemelhar totalmente ao mundo. Não temos liberdade para nos retirarmos do mundo, nem tão pouco para nos confundirmos com ele. Nas palavras de Jesus, devemos estar no mundo, porém não sermos parte do mundo. Precisamos lembrar continuamente que a igreja pertence a dois âmbitos: ao céu e a terra."

John Stott

terça-feira, abril 10, 2018

Do despotismo no desportismo (e não só!)

Esta crise no Sporting é uma crise de resultados, mas sobretudo, é sintoma da má liderança. Talvez o maior problema do Presidente Bruno de Carvalho seja o problema que é mais comum em todas as lideranças: o despotismo. O logro de pensar que o poder tem sempre toda a razão. Infelizmente não é só no desportismo que há despotismo. Onde há autoridade existe essa possibilidade. A sede do poder cego, cega. O mau uso do poder faz mal à saúde. De todos.

quinta-feira, janeiro 11, 2018

Contra os fumos

A turma da minha filha mais nova visita hoje o Parlamento. Espero que os mesmos deputados que legislam sobre os danos do tabaco, combatam didacticamente os fumos alternativos.

terça-feira, novembro 21, 2017

O Senhor do sem nariz

Lembrei-me hoje da divertida obra surrealista de Nicolai Gógol, O Nariz, que já li há muitos anos. O barbeiro Ivan acordou um dia com o cheirinho a pãozinho quente e, para seu grande espanto, encontrou no meio do pão um grande e afiado nariz. Desesperado, Ivan tenta livrar-se do nariz enquanto o dono do nariz perdido sai à procura dele. O maior ridículo do ufano Senhor do seu nariz é um dia acordar sem ele. Gógol não perde muito tempo com razões e explicações para o sucedido. A genialidade da obra-prima está no realismo do absurdo. Por incrível que pareça o ridículo está sempre a acontecer-nos. Como bem remata o escritor, "Se pensarmos bem, há qualquer coisa nisto... digam o que disserem, acontecem coisas destas no mundo - raramente, mas acontecem."

quarta-feira, outubro 04, 2017

O maior tesouro

"E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, e vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me."
(Marcos 10:21).

Um jovem rico vai a Jesus para perguntar-lhe o que deveria fazer para ser salvo. É uma pergunta fundamental, feita à pessoa certa. Jesus começa por dizer-lhe que ele devia cumprir os mandamentos da Lei mosaica. O jovem responde que, na sua avaliação pessoal, tem sido um zeloso cumpridor da Lei. Então Jesus, "amando-o", responde-lhe que lhe faltava ainda uma coisa muito importante: devia vender tudo quanto tinha, dar o dinheiro aos pobres e depois seguir Jesus. O jovem, que fazia das suas "muitas propriedades" a sua vida, retirou-se triste.

Obviamente que Jesus não está a ensinar aqui que a salvação se alcança quando nos desfazemos de todo o nosso dinheiro e dos bens materiais. Não está também a dizer que o Reino de Deus se alcança por sermos altruístas ou bondosos. Para se entrar no Reino é necessário nascer de novo (João 3:3). É necessário morrer para o que somos e temos e confiar exlusivamente na vida, na morte e na ressurreição de Cristo. Ninguém é salvo por confiar em si próprio, na sua religião, posses, práticas ou bondades. O único meio de salvação é Jesus Cristo. A alegria de crer no amor de Deus e seguir Jesus Cristo é a maior de todas. Não há tesouro maior que Ele. No céu e na terra.

segunda-feira, setembro 11, 2017

Compartilhar o Evangelho com o mundo

"'Missão' envolve a Igreja, o Evangelho e o mundo. No entanto, não é a Igreja declamando o Evangelho de cima dos telhados para um mundo distante, surdo e desatento; é a Igreja saindo para o mundo com o Evangelho, infiltrando-se no mundo, identificando-se com o mundo, a fim de compartilhar o Evangelho com o mundo."

In: STOTT, John. Nosso silêncio culpado - A Igreja, o Evangelho e o Mundo. Curitiba: Editora Esperança, 2014, p. 83.

segunda-feira, junho 26, 2017

Aprender nos bancos dos hospitais

Passei este Domingo em dois hospitais, a acompanhar o meu sogro. As doenças mentais são ainda muito incompreendidas e estigmatizadas. Afectam o próprio doente, a família e todos os que estão à volta. A medicação adequada e o acompanhamento médico e familiar são essenciais para tratar as enfermidades do foro mental e psiquiátrico.

Assiste-se a muito sofrimento nos hospitais. A sala de espera psiquiátrica não é excepção. Vi uma senhora agitada que não parava de repetir ao filho que queria ir embora. O filho, desesperado, insistia que ela tinha que ser vista e tratada. Um rapaz novo andava de um lado para o outro a contorcer-se. Uma mãe aflita, a dizer aos enfermeiros e a um polícia que não saía do hospital enquanto o seu filho não fosse internado. Quando o filho, um homem com os seus quarenta anos, saiu da consulta disse à mãe para vir embora. Ela não queria ir. Aconselhei-os a terem calma, que tudo se iria resolver. Agradeceram-me e saíram. As ambulâncias sempre a chegar. Gente a gemer. Muitas pessoas à espera nos corredores. Aprende-se a esperar num hospital público. Os médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar fazem o que podem. Fazem muito.

Não é só nos bancos das igrejas que se aprende ao Domingo (e tanto tenho aprendido ali), também se aprende imenso nos bancos e nos corredores destes hospitais. Aprende-se a confiar mais em Deus do que em nós próprios. Ou então pode-se ficar insensível, revoltado e amargurado. Pode-se aprender a orar. Pode-se aprender a esperar mais no Senhor. Que Deus nos ajude.