quarta-feira, agosto 28, 2024

Multiplicação da compaixão


Jesus ainda está em território estrangeiro, em Decápolis, e acontece a segunda multiplicação dos pães e dos peixes (Mc 8:1-9). Surge uma pergunta: porque é que Jesus fez este milagre duas vezes de forma tão idêntica? Alguns alegam que foi apenas um milagre, desdobrado em duas versões. Obviamente que isso está errado porque há detalhes diferentes nos dois. O próprio Senhor Jesus disse que foram dois milagres (Mc 8:17-21).  Este segundo milagre serviu para eliminar eventuais dúvidas de alguns cépticos que não acreditaram na primeira multiplicação. Em terras de gentios, Jesus demonstrou que a sua mensagem e provisão são para todas as nações. Mas talvez a principal razão porque Jesus fez este segundo milagre, que ressalta do texto sagrado, foi a profunda compaixão do Senhor pelas pessoas à sua volta.
 
Jesus fugiu das multidões quando foi para a Fenícia, mas as multidões teimavam em não fugir de Jesus. O Senhor tinha sido rejeitado pelos seus, os da sua nação, e agora os gentios seguem-no efusivamente. Jesus chama os discípulos e diz que tem compaixão daquele povo que está há três dias sem comer. Ao contrário do que alguns santarrões pensam, Jesus não cuida apenas do espírito das pessoas, Ele deseja suprir todas as necessidades. 

A compaixão é uma emoção muito forte que se traduz num sentimento de empatia, amor e misericórdia e que procura aliviar o sofrimento alheio. É mais do que “ter pena”. O termo na Bíblia está ligado à ideia de sentir as entranhas a revolverem-se. A compaixão sempre foi uma das marcas de Jesus. A compaixão verdadeira leva à acção. A compaixão aqui multiplicou o pão e os peixes. Tinha sido também a compaixão a causa primária na primeira multiplicação (Mc 6:34). 

O Senhor perguntou aos seus discípulos quantos pães eles tinham. Eles responderam que tinham apenas sete pães e alguns peixinhos. Nada podiam fazer. Na nossa força e poder nada podemos fazer, mas o pouco que temos, colocado nas mãos do Senhor, pode abençoar muitas vidas. Jesus mandou a multidão sentar-se no chão, tomou os pães e deu graças. Aconteceu o milagre. Deu graças também pelos peixinhos e multiplicou-os também. O deserto e as impossibilidades humanas não impedem que Jesus realize grandes e poderosas coisas. Ele pode! 

O relato termina dizendo que todos comeram, ficaram satisfeitos e ainda sobejou muito pão. Guardaram os pedaços em sete grandes cestos. Quando a abundância chegar à tua vida, não desperdices, partilha o muito que tens recebido das mãos do Senhor. 


Algumas lições e aplicações desta passagem:

1. Deus ama a todos e não faz diferença de pessoas. Quando os judeus estavam com fome, Jesus multiplicou os pães, quando os gentios estavam com fome, Jesus multiplicou os pães da mesma maneira. Jesus ama a todos e morreu por todos. "O Senhor compadece-se mesmo daqueles que não fazem parte do seu povo – aqueles que não têm fé, que estão sem a graça divina, os seguidores deste mundo. Jesus mostra-se terno para com eles, embora eles não o percebam. Ele morreu na cruz por eles, embora se importem pouco com o que Ele realizou na cruz do Calvário. Jesus está disposto a acolhê-los graciosamente, a perdoá-los gratuitamente, se eles se arrependerem e crerem nele", comentou J.C Ryle. 

2. Nestes nossos dias de tanta fome espiritual, a compaixão precisa ser multiplicada. Que possamos estar atentos às necessidades físicas, emocionais e espirituais. Estar dispostos a ser usados por Deus para Ele as saciar. Deus quer usar o teu pouco para fazer muito. As nossas atitudes de compaixão evidenciam o amor de Deus na nossa vida. 

3. Quando andamos com Jesus, podemos ter lutas, dificuldades, até passar dias sem comer, mas Deus sempre vai suprir as nossas necessidades. Que possamos ter a fé do Apóstolo Paulo, que acreditava no Deus que abençoa e supre: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Fp 4:19). Jesus é poderoso para suprir as nossas necessidades e as dos que estão à nossa volta, por vezes de forma surpreendente que não esperávamos.

4. Este segundo milagre de Jesus é uma lembrança que Jesus pode repetir as coisas grandiosas e poderosas que fez no passado. Com Cristo há suprimento e esperança. Entrega as tuas necessidades ao Senhor e confia que Ele vai suprir, segundo a sua graça e vontade, tudo o que necessitas.

domingo, agosto 18, 2024

Egotismos

"Quanto mais infantis nós somos, mais egocêntricos somos; quanto mais inseguros somos quanto à certeza da nossa salvação, menos amor, alegria, paz, paciência e bondade temos e, claro, mais difícil será a unidade." 

- Timothy Keller

domingo, agosto 11, 2024

Os milagres de Jesus

"A Bíblia diz-nos que no início Deus não pretendia criar o mundo para que houvesse doença, fome e morte. Jesus veio para redimir onde houvesse erro e curar o mundo onde houvesse tristeza. Os seus milagres não são apenas provas de que ele detém poder, mas também uma maravilhosa amostra do que ele fará com esse poder. Os milagres de Jesus não são um simples desafio para a nossa mente, mas também uma promessa para o nosso coração de que o mundo que desejamos está a caminho."

In: KELLER, Timothy. A fé na era do cepticismo. São Paulo: Vida Nova, 2015, p. 125 [PT].

segunda-feira, agosto 05, 2024

Deus presente


Jesus é admiravelmente singular.
A singularidade de Jesus significa que Ele é único e absolutamente incomparável. Não há ninguém igual a Jesus ou que se equipare a Ele. Há muitas concepções erradas acerca de Cristo. Alguns dizem que Jesus foi apenas um bom mestre. Outros alegam que é um anjo, um espírito, um deus. Muitos pensam que foi um mártir e que está morto. No entanto, se alguém quer ter uma compreensão exacta de Cristo tem que ir às fontes certas e seguras - as Escrituras Sagradas. Jerónimo, o patriarca da igreja do século IV e V, escreveu: “ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”1.

Jesus tem atributos inigualáveis. Um dos aspectos distintivos de Jesus é que Ele é Deus. A Bíblia revela que só há um Deus, coexistente em três Pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo (Mt 3:16,17; Mt 28:19; 2Co 13:13). O Pai é Deus, Jesus é Deus, O Espírito Santo é Deus. Não são três deuses, é um só Deus, manifesto em três Pessoas da mesma substância, iguais em poder e glória. Neste artigo, proponho meditarmos na singularidade de Jesus Cristo como Deus.

No Antigo Testamento, Isaías tinha profetizado que uma virgem iria dar à luz um filho e que o seu nome seria Emanuel, que significa “Deus connosco” (Is 7:14; Mt 1:23). O nome de Jesus reverbera a presença divina. A encarnação de Jesus é a materialização do Deus que vem para ficar connosco. O melhor presente do Natal é Deus a tornar-se presente entre nós. Em Hebreus 1:3 é dito que O Filho é o resplendor da glória divina e a expressão exacta do seu Ser. Deus mostrou-se em Cristo. O próprio Pai diz do Filho: “Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, ceptro de equidade é o ceptro do teu reino” (Hb 1:8). Os hebreus precisavam admitir que Jesus é Deus e Rei. Essa constatação continua a ser necessária no mundo pós-moderno de hoje. Não chega aceitar que Deus se fez presente em Cristo, é necessário recebê-lo pela fé e sujeitar-se à sua soberania.

No evangelho de João (e nas suas Cartas), a divindade de Jesus é uma ênfase constante. “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (Jo 1:1). Este Verbo divino fez-se carne e habitou entre nós (Jo 1:14). No capítulo três, Jesus baralha o mestre Nicodemos ao afirmar que desceu do céu e ao mesmo tempo continua no céu (Jo 3:13). Somente Deus pode estar em dois lugares simultaneamente. Mais à frente no relato joanino, os religiosos judaicos ficam furiosos quando Jesus diz: “antes que Abraão existisse ‘EU SOU’” (Jo 8:58-59). Com estas palavras, Jesus vincula-se ao nome de Deus revelado a Moisés, o “EU SOU” (Êxodo 3:13-14) e assume de forma inequívoca a sua natureza eterna e divina. 

Em João 10:30 Jesus proclama: “Eu e o Pai somos um.” Os judeus enfurecidos tentam apedrejá-lo acusando-o que se estava a fazer de Deus. E de facto estava, Jesus é Deus. Na sua primeira Carta, João testifica “que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1Jo 5:20). O apóstolo João não tinha dúvidas que Jesus é o verdadeiro Deus. Que ninguém ao ler estas linhas fique indiferente ao verdadeiro Deus Jesus, mas creia nele.

A Bíblia tem ironias curiosas. Uma das declarações mais claras acerca da divindade de Jesus foi proferida pelo mais céptico dos doze apóstolos de Jesus - o apóstolo Tomé. Quando Jesus ressuscitou, apareceu aos seus discípulos, mas Tomé não estava presente nessa aparição de Jesus (Jo 20:24-28). Quando lhe contaram que viram O Senhor ressurrecto, Tomé disse que só acreditaria se visse as marcas da crucificação de Jesus. Tomé é o pai da expressão “ver para crer”, tantas vezes usada hoje, que é apenas uma desculpa esfarrapada para justificar a teimosia de descrer perante os factos. Passados oito dias, O Senhor rompeu as paredes e fez-se presente - Jesus é Deus omnipresente! Voltando-se para Tomé desafiou-o: “Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.” Jesus respondeu às indagações de Tomé sem estar presente quando ele as proferiu. Jesus sabe todas as coisas, porque também é Deus omnisciente!

Diante das evidências do poder divino do Jesus ressurrecto, Tomé gritou: “Senhor meu, Deus meu” (Jo 20:28). Jesus aceitou essa declaração, porque na verdade é Deus e Senhor! “Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!” disse Jesus. Mais felizes são os que crêem sem ver. Tomé creu na ressurreição de Jesus e declarou a divindade e o Senhorio de Cristo. Era necessário restaurar a fé do apóstolo relutante. Ele também seria um dos fundamentos da Igreja (Ef 2:20). Gregório Magno, no século VI, disse que “a incredulidade de Tomé foi mais proveitosa para nossa fé do que a fé dos discípulos que acreditaram, porque, decidindo aquele apalpar para crer, nossa alma se afirma na fé, descartando toda dúvida.”2 A terrível descrença de Tomé acabou por resultar no testemunho claro e inequívoco da divindade de Jesus.

O vocábulo grego THEÓS é a palavra mais usada para descrever Deus no Novo Testamento. Ela surge em sete passagens para se referir a Jesus: Jo 1:1; 1:18; 20:28; Rm 9:5; Tt 2:13; Hb 1:8; 2Pe 1:1. Não há dúvidas, Jesus é Deus. Além disso, no seu ministério terreno, em diversas ocasiões, Jesus recebeu e aceitou adoração (Mt 2:11; 14:33; 28:9,17; Lc 24:52; Jo 9:38). Se Jesus não fosse Deus, teria dito a essas pessoas para não O adorarem, porque somente Deus deve ser adorado (Dt 6:13; Lc 4:8; At 10:25-26; Ap 22:8-9).


Sim, só há um Deus e um mediador entre Deus e os homens – Jesus Cristo, homem (1Tm 2:5). O facto de Jesus ser Deus reforça de forma eterna as suas palavras e obra. Jesus veio a este mundo não só para manifestar a sua divindade, mas também, como homem, para morrer pelos nossos pecados. Crer em Jesus é confiar em Deus. Quem deposita a fé e esperança em Cristo é salvo. O Deus Jesus fez-se presente no passado, faz-se presente no presente e manifestar-se-á de forma gloriosa em breve, quando vier buscar a Sua Igreja. Conforme John Piper relembra: “Nós, os cristãos, não estamos a aguardar a chegada de um simples homem, mas a ‘gloriosa manifestação do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo’ (Tt 2:13; 2Pe 1:1).”3.

Como não adorar, servir e amar o nosso Salvador Jesus Cristo, O grande Deus presente?

 

Jorge Oliveira 
(Artigo publicado na edição nº 188, Julho 2024 , na Revista Refrigério)

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1. JERÓNIMO, Presbítero. Prólogo ao Comentário Sobre o Profeta Isaías.

2. GREGÓRIO MAGNO. Homiliæ in Evangelia. L.II, hom.6 [XXVI], n.7. In: Obras. Madrid: BAC, 1958, p.665.

3. PIPER, John. Um Homem chamado Jesus Cristo. Editora Vida, 2005, p.28.

terça-feira, julho 30, 2024

Amigo de pecadores

"É frequente nos Evangelhos (...) que não sejam os discípulos, mas sim os adversários de Cristo que percebem melhor quem ele é. Embora as multidões o chamem de amigo de pecadores como se fosse uma acusação, o rótulo é um grande conforto para aqueles que sabem ser pecadores. Que Jesus seja amigo de pecadores só é uma ofensa para aqueles que não sentem estar nessa categoria."

In: ORTLUND, Dane. Manso & Humilde. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil; São Paulo: Pilgrim, 2021, p. 116 [Pt].

quinta-feira, julho 25, 2024

Migalhas do céu

Evangelho de Marcos narra que Jesus saiu de Israel e vai para a Fenícia. Tiro e Sidom eram cidades localizadas junto ao Mar Mediterrâneo e aquela região pertencia à Síria. Provavelmente Jesus foi ao estrangeiro para descansar. Estava cansado das multidões e dos constantes ataques dos religiosos judeus. Se o servo de Deus não descansar depressa irá sucumbir.

Entretanto, já na Fenícia, uma mulher perseguia Jesus aos gritos, rogando-lhe que curasse a sua filha endemoninhada. Incomodados com a gritaria, os discípulos de Jesus pediam-lhe que a mandasse embora. Porém, ela não desistia. Entrou na casa onde Jesus estava e lançou-se aos seus pés. Esta mulher sendo siro-fenícia de nascimento e com a cultura, a religião e a língua grega, estava ali a adorar O Senhor. 

Perante a insistência daquela mãe, Jesus responde algo estranho, que até parece insultuoso: “Deixa primeiro saciar os filhos, porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.”  Os cães eram pouco considerados neste tempo. Os judeus consideram-nos animais imundos. Chamar alguém de cão era um grande insulto. É óbvio que a resposta de Jesus é figurada. O Senhor não está a tratar aquela mulher como uma cadela. O Senhor está a dizer-lhe que as Boas Novas do Evangelho eram em primeiro lugar para as “ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15:24). 

A mulher não ficou ofendida com as palavras de Jesus. Em vez de se calar ou ir embora, esta mãe respondeu de uma forma arrojada: “Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos.” Que diferença de atitude desta mulher comparada com os fariseus. Ela não atacou e nem defendeu os seus próprios direitos e razões. Reconheceu quem ela era e quem Jesus era. Esta mulher já tinha reconhecido que Jesus era “Senhor, Filho de Davi.” Esta declaração revelava que ela acreditava que Ele era O Messias, o Salvador prometido. 

Perante a resposta humilde e ousada daquela mulher, Jesus replicou: “Por essa palavra, vai; o demónio já saiu de tua filha.” A mulher dispôs-se a comer as migalhas que caem da mesa porque “migalhas também são pão”. Migalhas do Filho que são o nosso alimento. Migalhas poderosas que caem do céu e saciam a nossa alma. Mas os milagres do céu são para quem está disposto a se humilhar no chão perante O Senhor que tudo pode.

R. C. Sproul realçou que “o verdadeiro crente saboreia cada migalha que vem da mão de Deus. A boa notícia é que, no derramamento da misericórdia e da graça que nos vem das mãos de Deus, embora devêssemos estar satisfeitos com migalhas, Ele não se satisfaz em dar-nos migalhas. Ele prepara uma mesa diante de nós.” 

A filha daquela mulher siro-fenícia ficou curada. Quando a mãe chegou a sua casa, a sua filha estava tranquilamente deitada na cama, totalmente liberta dos demónios. Os demónios não resistem ao poder de Jesus, mesmo à distância. Basta uma palavra de Jesus e tudo muda. Quem tem Jesus na sua vida não teme os poderes das trevas. 


Algumas conclusões e aplicações

1. Esta mulher é um incentivo à intercessão. Nunca desistas de orar e clamar pelos teus filhos e pela tua família. Ora pelo grande milagre da salvação. Oremos pelos milagres do Senhor. Que os demónios que atormentam tantas vidas hoje, sejam expulsos pelo poder de Jesus Cristo. 

2. Esta mulher adorou Cristo aos seus pés. Jesus elogiou a fé persistente daquela mulher. Precisamos orar e adorar O Senhor todos os dias. Esta mulher lutadora e persistente, ensina-nos a acreditar e a confiar de forma perseverante no poderoso Salvador Jesus.

3. Jesus honrou aquela mulher gentia. Deus quer salvar todo o tipo de pessoas. Num tempo em que estão a chegar a Portugal tantos imigrantes, Jesus ensina-nos a receber e a acolher a todos. A igreja é inclusiva porque Deus ama todos os povos e etnias.

4. Por último, alimentemos a nossa alma, com as migalhas que caem do céu, através da Palavra do Senhor, a Bíblia. Que ninguém se julgue completamente saciado por já saber algumas coisas das Escrituras Sagradas. Que tenhamos a fome espiritual do profeta Jeremias:

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome me chamo, ó SENHOR, Deus dos Exércitos.”
- Jr 15:16.

 

segunda-feira, julho 15, 2024

Três efeitos

 "Haverá três efeitos de estar próximo a Jesus: humildade, felicidade e santidade." 

- Russel Shedd