Fala-se em Habacuque sobre a providência divina – a grande sabedoria com que Deus tece e conduz todas as coisas. A maravilhosa e misteriosa intervenção divina na história do mundo e na nossa história. Percebe-se a intimidade que deve existir na oração. O profeta dialoga com Deus, porque a oração mais do que fazer uma reza mecânica, é uma conversa. Habacuque clama, lamenta, expõe as suas dúvidas, escuta.
“Até quando, Senhor?” (Hc 1:2) “Porque é que o poderoso Deus não intervém diante de tanta maldade?” Parece que Habacuque se junta a Jó e aos salmistas e interroga-se sobre a existência do mal e da maldade. Discute-se em Habacuque a Teodiceia antes de Leibniz a ter "inventado".
O livro começa com lamento e questionamentos, mas termina com fé e alegria. Diante da ruindade humana, mesmo na escassez e sofrimento, o profeta aprendeu a confiar no Senhor. Por muito que nos custe aceitar, há propósito no sofrimento. Tim Keller escreveu que “Quando a dor e o sofrimento nos atingem, finalmente compreendemos que não temos controlo sobre as nossas vidas, nem nunca tivemos.”
Mesmo quando as coisas não correm conforme queremos, é melhor crer e confiar no soberano Deus do que nas nossas dúvidas ou lamurias. "O justo, pela sua fé, viverá" (Hc 2:4). O Senhor tudo sabe e tudo pode.
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