segunda-feira, janeiro 13, 2020

Abraçar a fé em Deus

Comecei ontem uma série de mensagens em Habacuque. Pouco se conhece deste profeta. O seu nome em hebraico talvez signifique “abraço”, ou “aquele que abraça". O profeta ouviu a Deus pela fé, foi abraçado e abraçou. Nós também precisamos abraçar, com todas as nossas forças e entendimento, a fé em Deus. Abraçar os outros.

Fala-se em Habacuque sobre a providência divina – a grande sabedoria com que Deus tece e conduz todas as coisas. A maravilhosa e misteriosa intervenção divina na história do mundo e na nossa história. Percebe-se a intimidade que deve existir na oração. O profeta dialoga com Deus, porque a oração mais do que fazer uma reza mecânica, é uma conversa. Habacuque clama, lamenta, expõe as suas dúvidas, escuta.

“Até quando, Senhor?” (Hc 1:2) “Porque é que o poderoso Deus não intervém diante de tanta maldade?” Parece que Habacuque se junta a Jó e aos salmistas e interroga-se sobre a existência do mal e da maldade. Discute-se em Habacuque a Teodiceia antes de Leibniz a ter "inventado".

O livro começa com lamento e questionamentos, mas termina com fé e alegria. Diante da ruindade humana, mesmo na escassez e sofrimento, o profeta aprendeu a confiar no Senhor. Por muito que nos custe aceitar, há propósito no sofrimento. Tim Keller escreveu que “Quando a dor e o sofrimento nos atingem, finalmente compreendemos que não temos controlo sobre as nossas vidas, nem nunca tivemos.”

Mesmo quando as coisas não correm conforme queremos, é melhor crer e confiar no soberano Deus do que nas nossas dúvidas ou lamurias. "O justo, pela sua fé, viverá" (Hc 2:4). O Senhor tudo sabe e tudo pode.

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