segunda-feira, julho 20, 2020

Toda a maldade será punida


O Capítulo 2 de Habacuque regista a segunda resposta de Deus ao profeta. São palavras condenatórias. É uma mensagem dura de entregar. Faz lembrar aquela música dos HMB ("Dia D"):

Hoje acordei a queimar por dentro
Com uma vontade de me querer expressar
A mão no bolso um lume acesso
Com uma mensagem dura para entregar  

Lemos aqui “5 ais”. Mais do que lamentos humanos, estes "ais" são sentenças condenatórias pronunciadas por Deus. Os destinatários são em primeiro lugar os caldeus que estavam quase a invadir Judá, mas também todos aqueles que vivem à maneira babilónica. São palavras duras de Deus para pessoas duras. Devem nos ajudar a reflectir como está o nosso coração. 

Martin Lloyd-Jones diz que existe nestes versículos um princípio universal: Todo o mal está debaixo do julgamento de Deus. Aquele que proceder mal terá a justa retribuição da parte de Deus, seja neste mundo ou no vindouro. Toda a maldade será punida.

Nestes “5 ais” Deus denuncia os ladrões, os gananciosos, os violentos, os devassos, os idólatras. Somente Deus pode pronunciar estas sentenças, Ele é Senhor. Nós, em vez de nos queixarmos ou dizermos "ai dos maus" façamos coro com o profeta Isaías e digamos: “AI DE MIM!” (Is 6).

Virá um tempo em que “a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar” (v.14). A glória do Senhor já está no meio do povo de Deus, mas o cumprimento desta profecia será plenamente efectivo no milénio.

O capítulo termina dizendo que não vale a pena confiar nos ídolos porque eles são mudos, nada respondem, nada resolvem. Mas Deus fala e intervém. Perante Deus ninguém tem razão e nem razões para reclamar. “O Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra.” (Hc 2:20).  


Podemos tirar pelo menos três grandes conclusões aplicativas:

1. Por causa do carácter santo de Deus o pecado não ficará impune. Todo a toda a maldade e todo o mal serão punidos. Se não for aqui será na eternidade. “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7). 

2. O pecado parece atraente e vantajoso no início mas o seu fim é desastroso. O poderoso império babilónico teve um fim terrível. “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” ( Pv 14:12). Tudo o que for conquistado com desonestidade, meios ilícitos, com violência ou malvadez, nunca produzirá bons resultados. 

3. O cristão é chamado a tornar a glória de Deus conhecida em todo o mundo. O homem pecado carece da glória de Deus (Rm 3:23). No meio de tanta corrupção, violência e maldade, o mundo clama desesperadamente pela paz e o amor que vêm de Deus. Que a glória do Senhor nos encha e transborde! E que “Toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2:11). 


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