segunda-feira, outubro 18, 2021

Gratidão na Prisão

Preguei de forma expositiva na nossa igreja na maravilhosa carta de Paulo aos Filipenses, em 2011 e 2012. Agora, passados dez anos, é tempo de retornarmos à prisão de Roma e ouvirmos aquilo que O Espírito Santo nos quer relembrar através desta epístola.

Filipos era uma cidade bastante importante da Macedónia. Esta igreja começou com uma visão que Deus deu a Paulo e com a pregação do Evangelho junto a um rio. Uma mulher chamada Lídia recebeu Jesus, depois toda a sua família e mais tarde outra família (Actos 16:9-40). Esta carta terá sido escrita (ou ditada) por volta do ano 60 DC, enquanto Paulo estava preso em Roma. 

É uma carta com um cunho muito pessoal de Paulo. Escrita com o coração, para manifestar o amor, saudade e gratidão de Paulo à Igreja em Filipos. Os filipenses davam bom testemunho de fé e amor e tinham enviado um donativo por intermédio de Epafrodito a Paulo. A gratidão e a cooperação prática na obra de Deus são primordiais nos nossos dias. Precisamos dar-nos ao Senhor e cooperar mais uns com os outros. Cultivemos o hábito de agradecer, de incentivar, de abençoar. Tudo começa em casa e na nossa igreja local.

É uma carta cristológica, onde sobressai de forma resplandecente Cristo e a Sua obra redentora. É também uma epístola correctiva. Paulo exorta-nos à perseverança, ao amor fraternal, à humildade, realçando sempre Cristo, como o nosso grande exemplo. Há advertências contra os maus obreiros, contra as heresias e um apelo vigoroso a duas irmãs que estavam de costas voltadas, para darem as mãos e trabalharem juntas no Senhor.

O versículo seis do primeiro capítulo dá-nos consolo e segurança: "Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo." A nossa salvação é assegurada e mantida por Deus. Somos eleitos, salvos e estamos seguros por causa do amor e da misericórdia de Deus e da Sua poderosa obra.

Mas, sem dúvida, a grande ênfase temática desta epístola é a alegria do Senhor! Esta é considerada a carta da alegria. Mesmo estando preso injustamente e perante a morte iminente (Fp 1:21-23), o Apóstolo estimula os filipenses, e nós também, a desfrutarmos da alegria do Senhor. Paulo, o prisioneiro grato, incita-nos com um sorriso nos lábios: "Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos!" (Fp 4:4).

Diante das tristezas, agruras, prisões e dificuldades desta vida, ouçamos O Espírito Santo a repetir hoje: Alegrai-vos sempre no Senhor!

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