Fiquei a pensar no que Oskar Schindler diz a Itzhak Stern, o seu contabilista e testa-de-ferro: "Meu pai foi amigo em dizer-me que eu ia precisar de três coisas na vida: um bom médico, um padre perdoador, e um hábil contabilista (...)". Amigos de confiança, que nos ajudam a curar, perdoar e a lidar com as coisas materiais da vida.
Citando o Talmude Hebraico, Stern resume bem o filme quando diz: "Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro." E dirigindo-se a Schindler: "Haverão gerações graças ao que você fez."
"A verdade é sempre a resposta certa". Conclui Amon Goeth. E o povo costuma dizer que "vem sempre ao de cima". Infalivelmente.
3 comentários:
O filme é de facto um grande desafio a nós cristãos que, à semelhança de Schindler, preferimos investir em carros do que em salvar vidas...
É tempo de darmos pontapés aos bens (materiais) que tanto prezamos e abraçarmos as vidas que precisam do Salvador...esse é o maior investimento de vida!
Não consigo ouvir falar de Schindler (ou no filme a seu respeito) sem lembrar um Português extraordinário - Aristides de Sousa Mendes. O nosso herói não teve ainda um Spilberg para fazer um filme para atingir milhões de pessoas com a sua memória.
Para além do prejuízo na sua vida pessoal, sendo que terminou os seus dias na miséria, toda a sua família sofreu com a sua abnegada determinação. E, se os números valem alguma coisa, aqueles que benefeciaram da sua acção contam-se na ordem das dezenas de milhar!
É verdade caro Mário,
Tive a ler algumas coisas acerca do "nosso" Oskar Schindler e sabe-se que Aristides de Sousa Mendes emitiu cerca de trinta mil vistos, dos quais dez mil a refugiados judeus. É impressionante como um só homem pode fazer a diferença positiva na vida de tantas pessoas e gerações.
Quem sabe se o nosso Oliveira (ou outro realizador português) realizará um dia um filme acerca de Aristides de Sousa Mendes.
Fica lançado o repto
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