- Charles H. Spurgeon
CANTO DO JO
Cantos e desencantos de um cristão evangélico
segunda-feira, junho 30, 2025
Duas grandes verdades
"A verdade de que somos pecadores está dolorosamente connosco para humilhar-nos e fazer-nos vigilantes; a mais abençoada verdade, de que todo aquele que crê no Senhor Jesus será salvo, permanece connosco como a nossa esperança e alegria."
Etiquetas:
Citações,
Devocional,
Graça,
Protestantes,
Sementes
quarta-feira, junho 25, 2025
Jesus abençoa as crianças
1. Todas as crianças nascem em pecado e são pecadoras. Davi disse: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51:5).
sábado, junho 14, 2025
Somos todos falhos
"No caminho para o céu, nenhum de nós tem o privilégio de ficar com a pessoa dos nossos sonhos e nenhum de nós está pronto para ser a pessoa dos sonhos de alguém. Todos nós somos falhos e vivemos num mundo caído; temos, porém, um Deus fiel. E em algum ponto de cada relacionamento somos desafiados a aceitar graciosamente a outra pessoa como ela é, recebendo humildemente, ao mesmo tempo, quem nós mesmos somos."
In: Paul Tripp e Tim Lane. Relacionamentos: Uma confusão que vale a pena. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2019.
terça-feira, junho 03, 2025
Casamento, divórcio e recasamento

Lemos no Evangelho segundo Marcos que Jesus está na Pereia, do lado leste do rio Jordão, onde João Baptista baptizava. O objectivo é ir a Jerusalém e lá ser morto. Faltam cerca de seis meses. Uma multidão continua a procurar Jesus e O Senhor faz aquilo que sempre fez no seu ministério terreno: ensinava. Ensinar sobre questões tão importantes como o casamento, divórcio e novo casamento.
Aproximaram-se de Jesus os fariseus para lhe fazerem uma pergunta: “É permitido ao homem divorciar-se da sua mulher?” (NVI). Jesus já tinha falado destes assuntos no Sermão do Monte e eles devem ter ficado muito perturbados. A pergunta deles era uma armadilha maldosa. João Baptista foi preso e morto por denunciar o pecado de adultério de Herodes Antipas. Desejavam que Jesus tivesse o mesmo fim.
Jesus responde fazendo outra pergunta: “O que Moisés disse na lei a respeito do divórcio?” Eles disseram que Moisés permitiu dar a carta de divórcio, aludindo a Deuteronómio 24:1. No tempo de Jesus existiam duas escolas judaicas que interpretavam a questão do divórcio: Hillel e Shammai. A escola de Hillel aceitava o divórcio por qualquer motivo, a de Shammai permitia o divórcio apenas por imoralidade sexual. É claro que aquela que predominava era a escola liberal de Hillel. O “vale tudo” sempre foi muito popular e atractivo para o ser humano caído.
Jesus esclarece que Moisés permitiu o divórcio por causa da dureza do coração humano. O divórcio existia por causa da condição espiritual pecaminosa do homem. Foi para regular e controlar o divórcio, não para o promover que a Lei previa o divórcio. Em Malaquias 2:16 lemos que: “O Senhor, Deus de Israel, odeia o divórcio.” A vontade do Senhor para o casamento não é e nunca foi o divórcio. Toda a quebra de relacionamento tem origem num coração endurecido pelo pecado. Os fariseus queriam falar sobre divórcio, mas Jesus vai realçar a importância do casamento.
O Senhor vai à origem das coisas. Foi Deus que realizou literalmente o primeiro casamento no mundo, entre Adão e Eva (Gn 1:27; 2:24). O casamento implica deixar os pais para formar uma nova unidade. Já não são dois, mas uma só carne. “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”, conclui Jesus. O casamento é mais do que um ajuntamento amoroso, emocional, físico ou sexual, é algo espiritual – “Deus ajuntou”. Nenhuma pessoa tem o direito de separar o que Deus uniu. Enquanto um dos cônjuges for vivo, o casamento é uma aliança divina permanente.
Hoje anda muita gente a brincar “ao casa descasa” mas essa não é a vontade de Deus. Jesus foi tão peremptório nesta matéria, que os discípulos, quando chegaram a casa tornaram a interrogá-lo. Jesus clarificou: “Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido e casar com outro, adultera.” – Mc 10:11-12. Jesus esclarece aqui de forma inequívoca que se alguém casar novamente comete adultério.
É verdade que em Mateus 19:9 Jesus falou de uma cláusula de excepção para o divórcio. Se um dos cônjuges for infiel sexualmente, e não existir perdão, o divórcio é permitido. Mas conforme alegou Russell Shedd “O divórcio jamais contou com a aprovação divina, a não ser como o menor entre dois males”. Também nessa passagem, Jesus reforça a impossibilidade do recasamento porque quem casa com o divorciado comete adultério (Mt 19:9b). Paulo escreveu “aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.” (1Co 7:10-11).
4 princípios relativos ao casamento
1º. Deus planeou o casamento entre um homem e uma mulher, para juntos glorificarem ao Senhor Deus e encherem a terra com a Sua glória. 1Co 10:31 – “Quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.” John Stott escreceu que “O significado mais elevado e o propósito mais sublime do casamento é o de manifestar a relação pactual entre Cristo e sua igreja.”
2º. Um cristão deve namorar e casar com outra pessoa cristã e dentro da vontade do Senhor. “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?” 2Co 6:14-15. Um casamento com alguém que não ama e segue o Senhor pode transformar-se numa tragédia. Os viúvos estão livres para casar, mas “contanto que seja no Senhor” (1Co 7:39). O casamento deve ser segundo a vontade de Deus.
3º. O casamento é uma ligação maravilhosa mas também pode-se tornar o pior dos relacionamentos. Sozinho ninguém consegue manter o seu casamento. Precisa de Deus. É Ele que faz com que o casamento resista e permaneça. Casamento implica amor, perdão, diálogo, respeito mútuo, perder a razão muitas vezes. “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor … Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela.” (Ef 5:22;25).
4º. O casamento é um compromisso espiritual, moral e civil entre marido e mulher até à morte de um dos cônjuges. É uma ligação tão forte que só a morte a pode desintegrar. “A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor.” – 1Co 7:39.
É importante também referir que o adultério, o divórcio e os pecados sexuais separam as pessoas de Deus, mas não são pecados imperdoáveis. Jesus morreu por esses pecados. Em Deus há perdão e restauração. Cada caso é um caso e compete às lideranças das igrejas decidir a integração, lembrando sempre que cada um dará contas a Deus dos seus pecados.
Paulo reconhece que a igreja era composta por pessoas com passados complicados, incluindo imoralidade sexual e adultério. Mas foram lavadas, santificadas e justificadas em Cristo. Isso mostra que a igreja é um lugar de restauração - 1Co 6:9-11. A graça restauradora de Deus é maior do que o maior pecador e os piores pecados - Rm 5:15,20; Sl 103:10-12.
Que Deus ajude os casados a valorizarem o seu casamento. A orarem todos os dias um com o outro e um pelo outro. Que Deus guarde e abençoe os casamentos e as famílias.
domingo, maio 18, 2025
É importante votar
#Legislativas2025
Etiquetas:
Cantoria do dia,
Liberdade,
Mundanidades,
Políticas,
Sociedade
segunda-feira, maio 12, 2025
O reino futuro de Deus para o presente
"Quando Jesus ressuscitou dos mortos, ele trouxe o reino futuro de Deus para o presente e trouxe o céu à terra. Entramos agora no reino pelo arrependimento e pela fé em Jesus, e pelo nascimento por meio do Espírito Santo (Jo 3:3-5). Em seguido, somos literalmente 'transferidos' do reino deste mundo para 'o Reino do seu Filho querido' (Cl 1:13, ESV). Isto é muito mais do que adoptar simplesmente novas crenças e práticas éticas. Entrar em um reino significa sujeitar-se a um novo conjunto de lealdades, crescer em amores novos e submeter-se a novos valores directivos na vida. Depois disso, corações, famílias relacionamentos, comunidades e campos de cultura humana são curados e retrabalhados à medida que são redireccionados para a glória de Deus e submetidos à autoridade de Jesus, o Rei, pela sua Palavra e Espírito (Sl 72; Cl 1:16-20; Ef 1:9-10)."
In: KELLER, Timothy. Esperança em tempos de medo. São Paulo: Vida Nova, 2022, p. 99,100.
Etiquetas:
Citações,
Fés,
Livros,
Protestantes,
Teologia
segunda-feira, maio 05, 2025
Dos escândalos
Em Marcos 9 Jesus vai alerta-nos para dois tipos de erros: o erro do exclusivismo e o erro da falta de santificação. Na verdade, são dois tipos de escândalos, o escândalo de um cristão ficar ressentido por outra pessoa estar a anunciar Jesus e o escândalo do cristão pensar que pode ser cristão sem viver em santidade. Para nossa vergonha temos que admitir que há muitos escândalos no meio evangélico hoje.
O Apóstolo João vai contar a Jesus a façanha dos discípulos, que proibiram um homem que estava a expulsar demónios em nome de Jesus, mas que não andava com eles. João imaginou que o poder de Jesus estava confinado ao grupo dos discípulos. O sectário João não aceitava pessoas fora do seu círculo. Este discípulo que disse este disparate, era o que reclinava a sua cabeça no peito de Jesus em sinal de profunda comunhão. Por vezes nós também pensamos que estamos a dizer uma grande coisa, mas não passam de afirmações egoístas e descabidas.
Jesus informou os discípulos que não há quem faça milagres usando o seu nome e a seguir vá falar mal dele. Cuidado com a exclusividade que alguns crentes, pastores, igrejas e denominações pensam que têm. O Reino de Deus é muito mais amplo do que a nossa igreja, movimento ou grupo. “Quem não é contra nós é por nós”, afirmou Jesus (Mc 9:40). A pessoa até pode não ter total clareza doutrinária, mas se crê em Jesus, não vai ser contra Ele e por isso O Senhor não reprova essa pessoa. Se O Cristo que outros pregam é o da Bíblia, mesmo não estando connosco, essas pessoas estão também do nosso lado, que é o de Cristo.
Por outro lado, Jesus não está a defender que todas as crenças e religiões são boas e que não importa o que faz ou ensina. O universalismo é falso e o ecumenismo é um caminho errado. Em outra ocasião Jesus também disse que “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.” (Mt 12:30). A questão é se a pessoa está em Cristo e se anuncia a Cristo. As pessoas ou são por Cristo ou contra Cristo. Até dar um copo com água, em nome do Senhor, terá recompensa!
Se nos primeiros versos há cristãos escandalizados, nos seguintes há cristãos que escandalizam. Escandalizar “pequeninos”, pode ser afastar as crianças ou os mais novos na fé, de Cristo. Talvez o tal homem que expulsava demónios fosse um novo convertido. Jesus disse que o cristão que escandaliza esses pequeninos, melhor seria pegar numa pedra de moinho e ser lançado ao mar. Esta hipérbole de Jesus é para demonstrar as sérias consequências dos escândalos na vida do crente. Ao contrário do que alguns evangélicos julgam, ser cristão não é uma carta branca para se viver de qualquer maneira. Ser cristão implica viver em santidade e em obediência a Deus, sem conduta escandalosa.
Jesus usa três imagens para advertir sobre as terríveis consequências de alguém viver de forma escandalosa. É melhor cortar a mão, um pé ou arrancar um olho que escandaliza do que ser lançado no inferno. É óbvio que esta é uma linguagem figurada que Jesus. O Senhor não está a ensinar que a pessoa deve mutilar os seus membros ou fustigar o corpo. Isto significa que se há algo na vida que escandaliza, o melhor é “cortar o mal pela raiz.”
O inferno é um lugar de tormento eterno onde também “o bicho não morre e o fogo não se apaga”. Há igrejas que só falam em inferno e há outras que parece que nem sabem que existe. Jesus falou muito sobre o inferno. O inferno é real e a pessoa que for lançada no inferno sofrerá eternamente. O termo grego para inferno aqui é “geena”. Geena está relacionado ao vale de Hinom, que ficava fora da cidade de Jerusalém. Foi aí que o Rei Acaz e o Rei Manassés sacrificaram os próprios filhos (2Cr 28:3; 33:6). Era um lugar de culto a Moloque. Mais tarde, o Rei Josias acabou com essas práticas e o Vale de Himom no tempo de Jesus estava transformado num monturo de lixos, onde existia uma fogueira que ardia sem cessar. É um lugar terrível preparado para todos os que não crêem em Jesus e na sua salvação.
O discípulo de Jesus deve mostrar tolerância com os outros e ser rigoroso consigo próprio. Por vezes somos muito inflexíveis com os erros dos outros e muito tolerantes com as nossas próprias fraquezas e pecados. Esta tolerância, contudo, não é a permissão para aceitarmos falsos ensinos ou falsos profetas, antes, para entendermos que quem anuncia a Cristo também está do nosso lado.
Quem não receber Jesus como seu Salvador e Senhor já está condenado ao inferno. “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.” João 3:36. Todo aquele que crer em Jesus e aceitar a sua salvação terá morada eterna num lugar de alegria, descanso, onde não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro e nem dor (Ap 21:4).
Etiquetas:
Bíblia,
Desencantos,
Discipulado,
Marcos,
Prédicas,
Protestantes
Subscrever:
Mensagens (Atom)