O CANTO novo

Finalmente o santo Blogger converteu-me. O CANTO velho reformou-se e agora é um CANTO “novo”. “Novo”, porque não sei como hei-de chamar-lhe. Apenas sei que era Beta mas que agora já não o é. Depois de constantes rogos, em que aparecia sempre a mesma mensagem: "o seu blog é demasiado grande para ser actualizado neste momento”. “Demasiadas postagens...”, diziam eles. Tinham razão. Esta hiperactividade bloguística desenfreada é um dos meus muitos males.
Segundo a Technorati a cada segundo é criado um novo blog, com milhões de postagens por dia. Li num blog, (provavelmente excessivamente tendencioso) que o meu CANTO era o terceiro blog indexado no Technorati com maior relevância e impacto religioso de língua portuguesa. Claro que isto da grandeza e da fama é tão efémero e falacioso que não me ponho aos saltos. Grandeza, só se for dos meus disparates. Até porque “ser grande” tem muitos inconvenientes, vejam por exemplo Golias, ou Sansão, ou Zaqueu. Humm? Zaqueu não? Pronto, mas era grandemente orgulhoso, avarento e rico. Famoso.
Mas, continuando ainda com a minha santa mudança, penso que a postagem ficou mais especializada, mais rápida, eficiente, bonita. Pena que a conversão ainda não contemple o reconhecimento de caracteres estranhamente portugueses. Nem todas as mudanças são perfeitas. Também poderia estar aqui a falar de uma igreja evangélica, mas não. Aliás, desconfio muito das grandes mudanças instantâneas nas igrejas que por aí populam. Sempre que a igreja actualizou para outra versão, foi de mal a pior. Depois lá aparecem uns Zwinglios ou uns Luterozitos que acalmam a pressa evolutiva e relembram que precisamos retornar ao pó do Livro Antigo, ao sítio antigo onde se bebe água limpa. A grande e verdadeira mudança sempre foi e será sempre operada com o dedo de Deus, ferindo o nosso coração e a nossa coxa.

Mas porque o post já vai demasiadamente longo para o meu gosto (não é todos os dias que se actualiza uma vida), fica aqui o registo da mudança e o respectivo agradecimento à Blogger. Até porque bom-tom, cortesia e gratidão também são coisas que estão em desuso. Também na Blogosfera.