- Era para lhe pedir um favor – disse ela com a voz e mãos a tremerem – não passe com o carro por cima do gatinho.
À minha frente, quase no meio da rua, um gato pequeno agonizava, tremendo ensanguentado.
- Foi o carro cinza prata que passou mesmo agora.
Entretanto, a jovem aproximou-se do animal e desviou-o cuidadosamente para junto do passeio.
- São coisas que por vezes acontecem. – Alvitrei.
Ela encolheu os ombros e suspirou profundamente. Parecia um pouco melhor.
O gatinho parou de tremer.
Prossegui acelerando vagarosamente no meu carro azul.
5 comentários:
Por acaso minha reminiscência recem postada (O Tempo Passa: "39 Gato Atropelado" http://rubensosorio.blogspot.com) tem algo a ver com este pobre gatinho moribundo ?!
Não. O gato era outro. Um "gato portuga".
Você está querendo dizer que ele foi atropelado porque era um gato portuga ou porque o carro atropelador era prateado e não azul?
Lou,
Estou querendo dizer que o gato que eu vi não era o mesmo que o Rubinho viu. O resto, deixo com a tua imaginação e criatividade.
Ruben,
Penso que o gatinho morreu.
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