terça-feira, julho 18, 2006

Hipocrisia infiltrada.

Ontem, eu e a minha mulher fomos ver o filme Infiltrado (Inside Man), realizado por Spike Lee. Clive Owen é o assaltante de bancos que conversa com um miúdo refém, dentro da Caixa forte do Banco que está a assaltar. Sentado em cima de um maço gigante de notas, Clive tenta acalmar o pequeno rapaz, talvez com os seus cinco anos, dizendo-lhe que em breve estará são e salvo em sua casa.
Entretanto, Clive pega na consola de jogos do miúdo e constata horrorizado que o objectivo do jogo é passar droga, roubar e sovar violentamente as pessoas. Observamos um homem a espancar outro, rematando um pontapé final na cabeça dele, fazendo-a explodir em pedaços de sangue.
“Se conseguires assaltar um banco ganhas ainda mais pontos.” Acrescenta o infante.
“Tenho que falar com o teu pai acerca deste jogo!” assevera Clive num tom grave e censurador.

7 comentários:

Marlene Maravilha disse...

Ai meu Deus...!
Linda a música do blog!
abraços

Lou H. Mello disse...

Rapaz, domingo último, levei meu filho a um evento em São Paulo que reunia em um só lugar (uma universidade), os fãs de dezenas de heróis da TV e desses jogos. Com meu olhar clínico, estimo que haviam uns 30.000 jovens no locar, cada um buscando seu tema preferido. Meu filho, foi encontrar os fãs do Chaves (um seriado infantil mexicano da década e 70), como ele. A grande maioria, dividia-se entre fãs do conhecido e diabólico jogo RPG e os heróis das séries japonesas todos de luta e morte. Engraçado é que não vi uma nota ou linha sobre esse evento na mídia. Eles se reunem via Internet.

Vitor Mota disse...

Pois, mais uma situação em que a realidade e a ficção se misturam de um modo perigoso. Até que ponto as crianças sabem distinguir entre elas?

Raquel Miriã disse...

A violência e as mensagens subversivas surgem infiltradas de variadas formas e do modo mais inesperado, conseguindo de forma estonteantemente eficaz, abrir brechas a vários níveis! Quantos miúdos crescem entregues a "amas" como as consolas/ computador e a televisão? Em tudo é preciso equilíbrio, crítica construtiva e vigilância!

PS: Deixei de assinar "Luzinha"! Sempre que se dirigiam à "luzinha" pensava:"-Quem é esta?" :) LOL
Não há como o nosso nome!

Jorge Oliveira disse...

Ok Luzinha Raquel!!
eheheheh

Adilson Marques disse...

Amigo Jo,
Olha para o que eu digo, e não para o que eu faço, deveria dizer o Clive Owen. Infelizmente muitos se esquecem que dar o exemplo não é a melhor forma de influenciar os outros, é a única. Um abraço.

Jorge Oliveira disse...

Gostei do que escreveste amigo Adilson.
Abraços.