sexta-feira, setembro 21, 2018

O grande sobretudo do amor

O grande pregador Spurgeon disse que o capítulo 3 de Colossenses começa no céu e acaba na cozinha. Começa com a ordem para pensarmos nas coisas de cima e termina com algumas exortações para pormos em ordem as coisas de baixo. O cristianismo não é só doutrina cristã (muito necessária, nestes dias), é prático e mexe com a nossa vida diária.

Como é que se explica a aparente contradição do v.3, que diz que já estamos mortos, com o v.5 que nos manda morrer? A verdade é que na visão perfeita e eterna de Deus (Ele está acima do tempo), os crentes já morreram na cruz com Cristo e estão sentados nos lugares celestiais (Efésios 2:6); mas no plano humano (na nossa existência temporal aqui), ainda lutamos com as coisas da velha natureza. "Mortificar" significa aceitar que estamos mortos e viver na perspectiva e visão divina. É morrer para o pecado e viver pela nova natureza do Jesus ressurrecto.

O pecado irrita Deus (v.5,6). Que ninguém pense que ficará impune ao juízo divino se viver no pecado. Como cristãos, somos chamados a despir a roupa velha e a vestimo-nos da roupa nova. A velha roupagem é transitória, a nova é poderosa e não ganha mofo. Paulo conclui que os cristãos, sobretudo, acima de tudo, devem vestir-se com amor (v.14). A veste última e superior do amor de Cristo, que é a força capaz de nos unir e manter unidos.

Devemos despir da nossa vida os farrapos do pecado e vestir as novas vestes do carácter de Cristo. O amor prático, que é mais que palavras e que se manifesta em atitudes de misericórdia, bondade, humildade, mansidão, paciência, perdão e compaixão. Se estivermos bem vestidos, vamos amar as pessoas à nossa volta e elas irão, muito provavelmente, render-se ao perfeito amor do Senhor. O grande sobretudo do amor pode cobrir uma multidão de pecados (1 Pedro 4:8).

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