No primeiro dia desta semana quente, na classe de adultos da minha igreja, começamos a esmiuçar as dúvidas do apóstolo da dúvida, desventrando as nossas. Estranhamente, somente o Evangelho de João põe Tomé a falar, por três ocasiões. E, se as declarações de Tomé revelam atrevimento, ignorância grosseira e ignóbeis dúvidas, também dão seguimento às maiores pérolas teológicas do Evangelho. Um clássico divino: transformar tolices humanas nos melhores cristais celestiais.
Foi um papa do século VI, o tal que inventou o canto gregoriano e que tinha a mania que era grande, que proferiu a acertada sentença: “A falta de fé de Tomé fez mais pela nossa fé do que a fé dos discípulos que acreditaram.”
Muito felizes são os não continuam incrédulos quando contemplam, de olhos vendados ou descobertos, as feridas de Cristo, antes, crêem nele e permitem que Jesus seja o seu Deus e Senhor, todos os dias da sua vida.
Imagem: "A incredulidade de São Tomé", por Caravaggio
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