Existem muitas passagens bíblicas que me impressionam pela grandeza e majestade de Jesus aqui na terra, mas esta de Lucas é maravilhosa, quer pela clara demonstração da supremacia de Jesus em relação aos homens, quer pela evidência da pequenez humana e da pobreza dos seus limitados intentos.
Depois de Jesus ler o profeta Isaías na Sinagoga, que O Espírito do Senhor viria e escolheria um homem para evangelizar, curar e libertar os cativos e oprimidos, Jesus fechou o Livro e disse que essa profecia, naquele dia, se tinha cumprido nele. Ele próprio era esse Homem que faria tais coisas admiráveis.
Os sacerdotes, os doutores e interpretadores da Lei, os fariseus e todos os que estavam na Sinagoga ao ouvirem isto, em vez de ficarem contentes e louvarem a Deus, ficaram enfurecidos e resolveram matá-lo. Expulsaram O Cristo da Sinagoga e da cidade e levando-o até ao cume de um monte, queriam atirá-lo dali para o matarem. Quando já estavam no alto do monte, lemos que Jesus “passando pelo meio deles, retirou-se.”
Alguém disse que Jesus passou “majestosamente” pelo meio deles. Gosto dessa inferência. Não foi só O Messias que passou calmamente pelo meio deles, foi também O Deus-Homem. Os homens intentavam matá-lo, mas estava diante deles O Caminho, a Verdade e a Vida. Os maus e iníquos religiosos ficaram paralisados pela passagem do poder divino.
Este episódio demonstra que Jesus esteve sempre no controlo soberano de todas as coisas. Ainda não era o tempo para O Cristo ser morto. O ungido morreria sim, mas não seria quando os homens desejavam ou queriam, somente quando a hora, que Ele próprio determinou, tivesse chegado. Agora era tempo para caminhar em direcção ao Gólgota e nesse trajecto salvar, curar e libertar a muitos. Tempo para cumprir as Escrituras sagradas.
Ainda hoje, O Jesus Cristo que morreu pelos nossos pecados, que ressuscitou e está vivo, continua a ter tempo para salvar, curar e libertar quem a Ele quer ouvir e receber. O "ano aceitável do Senhor" também é hoje. Para já.
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