No passado domingo, a Nucha proferiu algumas declarações acerca da sua passagem pelas igrejas evangélicas, no programa da RTP 1, Alta Definição e falou com desprezo e amargura contra "essas igrejas". O que mudou? Quem a feriu?
Pessoalmente não sei. A triste verdade é que existe manipulação, arrogância, fanfarronice bacoca, superficialidade e tantas outras outras coisas erradas em alguns líderes e em algumas pessoas que se dizem evangélicas, mas a generalização destes e de outros erros a todas as igrejas e a todas as pessoas que professam a fé cristã evangélica é uma desonestidade intelectual e um insulto absurdo. O Jesus Cristo que morreu e que ressurgiu continua hoje presente a transformar e a dar sentido a muitas vidas "nessas igrejas" evangélicas.
Só que a vida cristã real não são só milagres, alegrias e mel, como muitos erradamente apregoam. Ser cristão é muito mais do que um positivismo balofo ou uma fé cantada que faz vibrar as cordas das emoções. Ser cristão evangélico implica arrependimento, humildade, sofrimento, dores, perseguições, injustiças, tristezas, desencantos e a morte. Quem quiser aceitar a "fé evangélica", prepara-se para perder. Perder a vida. Mas é na medida que a perder que vai encontrá-la.
Ler também a carta aberta de Tiago Cavaco e o excelente comentário do Pastor Brissos Lino.
2 comentários:
Confesso que nunca a quis ouvir cantar. Essa e outros do género. Estou cansado e desiludido com esses "artistas" que veem nas Igrejas Evangélicas uma boa oportunidade de negócio.
Mas nós somos os culpados, com essa velha mania de colocar logo no pedestal qualquer "gato pingado" que usando de algum talento musical pretende uma "conversão à la minute" para entrar pela porta da frente do Templo, e nós até gostamos... Talvez um reflexo da nossa mediocridade ou pobreza cultural.
Não precisamos de facto desses oportunistas para nos apresentarmos ao "mundo". Basta que sejamos Sal e Luz e promovamos os autênticos valores que - esses sim - podem influenciar uma sociedade. Incluindo os valores culturais.
Desses "artistas" ninguém ficou nos nossos arraiais. Que bom. Não nos fazem falta nenhuma.
Promovamos sim aqueles que dentro dos nossos círculos têm valor, testemunho, solidez espiritual e fidelidade aos princípios sagrados. Infelizmente não os tratamos bem, mas estamos a tempo de mudar a nossa atitude.
A menos que ainda não tenhamos aprendido a lição...
Olá Norm,
Concordo em absoluto com o teu comentário. A minha expectativa é que realmente aprendamos o que há para aprender nisto tudo.
Um abraço.
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