"Pregar para ninguém se converter"

Há um tipo de pregação (e mentalidade) que chamo de “água com açúcar”. É docinha na boca e até pode dar uma leve sensação de alegria e bem-estar aos ouvintes, mas não alimenta convenientemente. Falta-lha substância e não fortalece nem transforma.
Charles Haddon Spurgeon, chamado o "príncipe dos pregadores", afirmou que é possível "Pregar para ninguém se converter", basta seguir estas orientações:

- Deixe que o seu motivo predominante seja assegurar a sua própria popularidade.

- Preocupe-se mais em agradar do que em converter os seus ouvintes.

- Procure assegurar a sua reputação, como sendo um pregador famoso e diferente dos outros (para que todos o idolatrem e não prestem atenção na mensagem).

- Fale com um estilo floreado, enfeitado e inteiramente fora do alcance da compreensão da maioria das pessoas.

- Seja superficial nas suas considerações para que os seus sermões não contenham verdades suficientes para converter alguém.

- Deixe a impressão de que se Deus é tão bom com todos, que não enviará ninguém para o inferno.

-Pregue só sobre o amor de Deus, mas não fale nada a respeito da santidade do seu amor.

- Evite dar ênfase na doutrina da completa depravação moral do homem para não vir a ofender o moralista.


Que tipo de Evangelho estamos a pregar? Será o genuíno e completo evangelho do Senhor Jesus Cristo que dá tudo, mas que também exige tudo? Falemos das vitórias e das bênçãos do Senhor mas também acerca da cruz, do pecado, da justiça e do juízo. Preguemos a graça, a misericórdia e o amor, mas também a santidade, a verdade e a justiça. Preguemos a Cristo! O Cristo crucificado e ressurrecto.