Um umbigo imundo, que é um belo gerúndio. Um barbeiro mais clarividente e esperto politicamente que um professor bem formado. Um peru, que é um sonho juvenil, que acaba por ser roubado pelos fortes deste mundo. Enfim, a denúncia ácida e perspicaz dos preconceitos rácicos, religiosos e políticos das gentes americanas e das nossas. A implícita revolta contra a bafienta vida banal que nos entra pelos olhos adentro todos os dias.
A prosa da "melhor escritora americana do séc. XX", segundo o New York Review of Books, encosta-nos à parede, seca-nos a boca, relembra-nos quem somos e como devemos ser. Flannery era uma boa Católica. Todos os cristãos, especialmente os evangélicos, deviam lê-la. A quebra do vaso do belo Gerânio pode ferir o ego, mas também pode sarar um coração empedernido. Ou derrotado.
3 comentários:
Amo ler a O'Connor.
Escrita fantástica, bom demais...
beijos,
Alê
Olá Ale,
Pedia-te para me trazeres alguns livros da Flannery O'Connor do Brasil, mas já tenho todos :)))
(Mas podes trazer-me o "O Homem Eterno" do Chesterton publicado pela Mundo Cristão... eheheh)
também já tenho todos dela...
já li "o homem eterno"! e levo sim, combinadíssimo!!!
:)
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