No final da história, quando retorna sozinho para casa, Piotr Mikháilich constata amargurado que nunca fazia nada do que pensava e nem sequer sabia com certeza o que pensava. Tudo lhe parecia irrecuperável e sem sentido. Mas talvez o que o irmão pensou e não fez tenha produzido um efeito maior do que ele pensou que faria se o tivesse feito. O brilho dos olhos chorosos da irmã prenunciavam que nada estava irremediavelmente perdido.
terça-feira, abril 06, 2010
O conto do resgate
Num dos admiráveis contos de Anton Tchékhov que ando a ler, Piotr Mikháilich vai resgatar a sua jovem irmã solteira que tinha fugido de amores para os braços de Vlássitch, um homem casado. No caminho, Mikháilich planeava insultar o vergonhoso canalha, esbofeteá-lo, desafiá-lo para um duelo. Ou talvez apenas um insulto e uma chicotada. «Ajuda-me Senhor, ajuda-me!», gemia ele desesperado.
No final da história, quando retorna sozinho para casa, Piotr Mikháilich constata amargurado que nunca fazia nada do que pensava e nem sequer sabia com certeza o que pensava. Tudo lhe parecia irrecuperável e sem sentido. Mas talvez o que o irmão pensou e não fez tenha produzido um efeito maior do que ele pensou que faria se o tivesse feito. O brilho dos olhos chorosos da irmã prenunciavam que nada estava irremediavelmente perdido.
No final da história, quando retorna sozinho para casa, Piotr Mikháilich constata amargurado que nunca fazia nada do que pensava e nem sequer sabia com certeza o que pensava. Tudo lhe parecia irrecuperável e sem sentido. Mas talvez o que o irmão pensou e não fez tenha produzido um efeito maior do que ele pensou que faria se o tivesse feito. O brilho dos olhos chorosos da irmã prenunciavam que nada estava irremediavelmente perdido.
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2 comentários:
Amigo, os russos mandam no jogo. Bela literatura.
Olá amigo Luiz,
A boa literatura resiste à prova do tempo.
Neste CANTO: os Russos, sempre os Russos.
:)
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