Como o amigo bem sabe, os maiores opositores de Jesus eram os Fariseus e estes andavam sempre a lavar as mãos, os copos, os jarros, os vasos de metal, e as camas (!); contudo, e mesmo com essas lavagens industriais, continuavam cheios de imundície e sujidade, porque o problema deles era cardiovascular: o coração. O que eles precisavam era de uma limpeza interior.
Hoje, os sabonetes actuais continuam a não conseguir lavar bem (têm demasiados químicos artificiais e provocam-me alergias). Se pensarmos bem, a Água Viva continua a lavar muito melhor que os melhores sabonetes líquidos (cá está mais uma boa analogia).
Além disso, não perfilho a questionável teologia de que a presença de Deus se ganha com muito esforço, trabalho e lavagens pessoais. A presença de Deus, mais do que um prémio pelo bom comportamento cristão é claramente um mistério imerecido da graça divina (Deus manifestou a sua presença na sarça a Moisés, um foragido e homicida; que fez ele para a merecer?). Mais do que trabalho e empenho pessoal, a presença de Deus revela-se na pessoa que confessa os seus pecados e se arrepende perante essa sempre-presente-Presença (Actos 3:19). Não se ganha, aceita-se. Constata-se. E isto não é um convite à indolência, mas um apelo ao descanso da obra completa de Cristo.
Não me leve a mal, mas na véspera do dia Mundial da Criança apetece-me cantar: "O sabão lava o rostinho, lava o meu pezinho, lava a minha mão, mas Jesus para me deixar limpinho quer lavar o meu coração."
Por mim, bem preciso.
(Desculpe lá Brissos, mas a culpa é sempre da Eva! E da serpente...Eheh)
6 comentários:
As analogias valem o que valem.
E que dizer do João Baptista que, ao que parece, não tomava banho? Sorte a dele...
Com as multidões que João baptizava desconfio que nem precisava de tomar banho. lol
Mas não usava gel de banho, nem shampoo, nem sequer sabão-macaco. Além disso, ia-se lavar para quê, se os outros também não tomavam banho? Isto das analogias é muito perigoso... eheh
Eheheheheheh
Foi o que eu disse, e ainda digo mais, as ilustrações são quase como que pequenos demónios que perseguem um pregador!
:)
Forte abraço
mesmo assim a analogia do pastor Brissos valeu muito. O esforço é o mesmo que Deus disse a Josué : Esforça-te e tem muito bom ânimo. Imagino que se ele fica-se pela constatação teria sido predestinado ao fracasso
Olá Samuel,
O esforço (a força) e o bom animo de Josué não eram para ganhar a presença de Deus, eram por causa dela. Josué podia avançar com confiança e sem medo porque a presença de Deus estava com ele.
"Não to mandei eu? Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares." (Josué 1:9)
A presença de Deus em Josué não era condicional ao seu esforço, era uma certeza segura, "Porque o SENHOR, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares."
Será que foram a força e o esforço de Josué que deitaram abaixo as muralhas de Jericó?
Enviar um comentário