quinta-feira, maio 14, 2009

A história de Red e Black

Já aqui tinha falado do Oliver, o hamster mais bonito do mundo. Um dia destes fui com as minhas filhas à loja de animais e elas convenceram-me a trazer mais duas pequenas hamsters branquinhas. Russas, dizem. Uma com lindos olhos pretos outra com reluzentes olhos vermelhos. Até comprei mais uma jaula. Os preços de saldo ajudaram à decisão (custa-me resistir a um bom negócio), mas no caminho para casa já estava arrependido. Afinal já tínhamos o Oliver, para que precisamos de mais 2 ratas?

Red e Black, foram os seus nomes. Eu sei, não é muito original, mas quem é que tem a inspiração Adâmica todos os dias? Com o passar do tempo, e já decorreu quase um mês, foram-se revelando bastante agitadas e algo agressivas. Empanturravam-se de comida e exalam um cheiro pior dos que os piores bisontes fedorentos. Lutavam uma com a outra, quase não nos deixavam aproximar e quanto tentávamos fazer-lhes uma festinha, rugiam como ferozes leões, tipo Paulo Bento no final dos jogos a falar da arbitragem.

Ontem foi o colapso. Guerrearam de tal forma que acabaram por se feriram uma à outra. É sempre assim. As minhas filhas desesperavam e antes que um raticídio se concretizasse, tomei a decisão de separá-las. Uma permaneceu na gaiola e a outra foi parar a uma caixa de sapatos, remodelada para ninho de mamíferos roedores. "Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?"

Era bom que os irmãos e as famílias se entendessem sempre, mas infelizmente tal não acontece. Não sei o que será o futuro da Red e da Black, mas não tem sido esta também a triste história de tantos irmãos, famílias, amigos e denominações protestantes?

2 comentários:

Danilo Sergio Pallar Lemos disse...

Excelente comentário. Na verdade é preciso que as indiferenças entre os humanos terminem aprendendo assim com o exemplo deixado pelo red e black.
Acesse meu blog.
www.vivendoteologia.blogspot.com

Anónimo disse...

Amigo, lance um livro.

Estou pra ver quem escreve igual você!!!!