As festas dos santos

No meu tempo de menino Católico Romano cheguei a pedir na minha rua, uns tostõezinhos para o santo António, são João e o são Pedro. No final, aquilo ainda dava para comprar mais santinhos de barro para fazer uma cascata ou para comprar umas guloseimas.

Umas das imagens de marca dos protestantes, - dizem – “é não acreditarem em santos!” "É tudo gente mais ou menos boa mas têm este trauma, não acreditam em santinhos". E é verdade. Como cristão protestante informado, percebo que não devo colocar a minha fé e orações em santinhos de barro. É muito melhor acreditar no Deus Todo-Poderoso, do que no barro que Ele criou. Também entendo agora que não se deve pedir dinheiro para os santinhos de barro. Mas, o que eu ainda não percebi muito bem, é existirem alguns “santos protestantes”, que continuam com peditórios. Incomoda-me ouvir alguns santos pedinchões (pedantes) que tentam sacar ao povo mais um tostãozinho. Mais uma ofertazinha. Mais um dizimozinho.
O pior disto tudo é que a maior parte das vezes também não passam de crianças mimadas a berrarem por um tostãozinho para comprar umas guloseimas, ou para fazerem umas cascatas de barro. Ou então, uma festinha para os santos da casa. Ou, um bezerro de ouro...
As tantas, as verdadeiras festas pagãs, fazemo-las nós. Ou então sou mesmo eu que sou um forreta inveterado. O que não é de todo mentira.


Já agora, assalta-me outra dúvida, como é que as crianças católicas hoje pedirão? “Um cêntimo para o santo António?”, “um euro?”. Irraaaa!