“Sou eu!”

Tinha anoitecido no Jardim. Os principais Sacerdotes e Fariseus vieram prender Jesus juntamente com Judas, o traidor (trair O Mestre não é coisa pequena e nem significa ser bom discípulo. Trair Jesus é horrendo, infernal! Digo isto na tentativa de elucidar algumas mentes atrofiadas da nossa era que querem fazer de Judas, um herói). Mas, um facto tremendo ainda estava por acontecer. Jesus adiantou-se e perguntou-lhes: “a quem buscais?”. Eles responderam, agarrando-se melhor às armas e rangendo os dentes, “a Jesus, o Nazareno.”

Então sucedeu uma coisa maravilhosamente espantosa. Jesus declarou: “Sou eu!”. Quando Jesus proferiu esta sentença, como que dela, jorrou um jacto de água portentoso empurrando aquela gente para trás. Caíram todos por terra e gritavam aterrorizados no chão.

Não era um homem fugitivo ou apanhado em flagrante que tinha pronunciado aquelas palavras. Tinha falado O grande “EU SOU”. O Logos. O Deus-Jesus estava ali. O Deus eterno, criador dos céus, da terra e de todas as criaturas falou. O El-Shadai, O Deus Todo-poderoso despiu a roupagem humana e manifestou um pouco da sua grandeza e poder.

Caíram todos por terra. O pó voltou ao pó, perante a presença da glória de Deus.

Eu também estava lá, com o dedo em riste acusando Jesus. Todos nós estávamos lá, segurando as armas da humanidade pecaminosa e perdida, prontos para matar Jesus.
Porém, caídos. Aguardando desesperadamente que O “EU SOU” nos levantasse.



(Baseado em João 18:1-8)