terça-feira, janeiro 24, 2006

Os cristãos e a política.

Existem políticos e políticas que defendem mais os interesses do Reino de Deus na terra? Poderá existir um partido cristão evangélico? É correcto um envolvimento dos cristãos na política? Que posicionamento os cristãos podem ter nas políticas que defendem o casamento entre homossexuais, o aborto, os clones, a eutanásia, etc…? Será que historicamente o envolvimento dos cristãos na política foi sempre benéfico? Poderá existir um envolvimento sadio dos cristãos na política? O não envolvimento dos cristãos, também não será uma forma de fazer política? Boa ou má política?

Cristãos, ateus, políticos e apolíticos meditem um pouco e partilhem a vossa opinião...

15 comentários:

Anónimo disse...

Partido Cristão Evangélico ????
Como diz muitas vezes uma amiga minha: "P'lo amor da santa".
Para descrédito, já bastam algumas correntes "evangélicas" que por aí andam. Não é preciso mais nada.

Jorge Oliveira disse...

Luís,
Esse não será só o lado negativo da questão? Por existirem más correntes, não prova que podem existir boas correntes... não?

Vilma disse...

Como cristãos, é importante envolvermo-nos nas diversas esferas da sociedade, e neste caso particular, na politica. De que outra forma poderemos defender as causas que levantas aqui? Não lhe atribuiria um nome "Evangélico" porque acho que não combinaria, mas haver homens e mulheres cristãos envolvidos na politica, sim..e não só!
Importa que continuemos a manter a nossa identidade como discípulos de Cristo, mas também saber dar um bom contributo para ajudar a lutar por coisas que beneficiariam a sociedade.
Tomara se levantessem homesn e mulheres com essa capacidade e colcoados em lugares importantes e estratégicos...acho que só se teria a ganhar!
Porque o Cristianismo tem contribuído para muita coisa mas é preciso que se saiba fazer uso com discernimento .. e por vezes é o que falta!

José Carlos disse...

Sou absolutamente contra a criação de um partido evangélico, da mesma forma que não vejo com bons olhos a criação de escolas e jardins infantis evangélicos para "protecção dos nossos filhos", bairros evangélicos "para nossa protecção", etc.etc.
Jesus disse: Não peço que os tires do mundo..."
O envolvimento dos crentes na política pode ser positivo, desde que eles, (lá, onde estão os descrentes)., façam política como crentes que são.
Não podemos ser adeptos da ideia; "cristãos de redoma"

Jorge Oliveira disse...

Vilma e Zé Carlos,
Muito obrigado pelas vossas contribuições e opiniões.
Gostava de lembrar que o nosso sistema político passa muito por partidos políticos, contudo levanto outras questões que não se referem exclusivamente à questão de um partido político evangélico.

Anónimo disse...

Jo, compreendo inteiramente o seu ponto de vista. Só que me identifico mais com a Vilma ou até mesmo com o José Carlos. Acho que os homens de Deus já lá estão, e se por acaso ainda não estão os suficientes, Deus proverá a aquisição de mais. Agora tudo aquilo que se assemelhe a uma força partidária, perdoe-me mas não. De todo. E porquê?
Santos Dumont não pensou nos aviões para matar milhares de pessoas, Einstein jamais quis prejudicar a humanidade, antes pelo contrário.
Mas para terminar, deixe-me felicitá-lo pelo tema, embora o mesmo devesse estar num espaço de maior facilidade de discussão.
Os meus parabens.

Scott disse...

A questão não é se devíamos estar envolvidos na política, mas antes "como." Viver na sociedade de hoje em dia implica viver pelo menos um bocado da política... mesmo que seja por abstenção. Quanto ao "como"... que possamos fazer tudo como se para o Senhor. Mas isto não é novidade... Paulo deu o tal conselho há vários séculos atrás.

Ana disse...

Dando a minha humilde opinião... penso que a influência de um cristão (n digo evangélico) é essencial em todos mas todos os campos... existem pessoas a atingir... modos de vida a ensinar... amor para distribuir... pelo que acho que faz todo o sentido um cristão interver no campo político, n só é um testemunho, mas tambem é uma forma de levar a mensagem da salvação a outros... mas a nível de ideias como homossexualismo, aborto e outros, será q o critão conseguiria promover mudança a nivel de uma sociedade? é algo que também pergunto muitas vezes a mim própia... está escrito que as coisas iriam piorar... cada vez os tempos seriam mais dificeis! Existe melhor forma de piorar senão perante estes ideais q vivemos? No q diz respeito a esse campo penso que seria dificil para um cristão promover a mudança... mas nunca deixaria de marcar a diferença!

PDivulg disse...

Concordo com a Vilma, só desempenharemos o nosso verdadeiro papel Cristão (Evangélico ou não) ao trabalharmos inseridos na sociedade e não fugindo dela. No entanto partilho a minha experiência convosco. Nas últimas autárquicas fiz parte de uma lista, que não foi eleita. Nela havia Cristãos e ateus, etc... Assumi a vontade de ingressar nessa lista, ciente de que poderia fazer valer os valores que me regem no meio do grupo, saí derrotado. Porque na política não são os valores que falam mais alto mas o DINHEIRO os INTERESSES FINANCEIROS! (Como digo hoje no meu post) e senti-me muitolimitado. O meu primo que fez parte da lista cessante (Cristão) sentiu-se completamente ultrapassado. Nos 2 primeiros anos tentou ser o mais justo e rigoroso e acabou por ser marginalizado e ultrapassado completamente por causa dos interesses que não olham a nada nem a ninguem!!!
Não me dou por derrotado e penso que devemos enquanto tivermos força lutar para espalhar a boa nova em toda a parte mas garanto-vos que na política é extremamente complicado e fico sem saber se não é melhor não estar misturados com essas pessoas...

Jorge Oliveira disse...

Scott, e Aninha, é um prazer para mim ler as vossas opiniões.

Pdivulg, obrigado por partilhares a tua experiência efectiva e real da possibilidade de um envolvimento na política. Como sugeriu a Aninha, não desistas, e que possas marcar a diferença, com a ajuda de Deus.

Anónimo disse...

Creio que a criação de um partido evangélico não faz muito sentido nem teria lugar no contexto português. Porém, penso que faz todo o sentido haver cristãos envolvidos na política, fazendo parte da lista de um partido político ou não.

Jesus não nos mandou ficar à margem da sociedade onde nos encontramos inseridos. Pelo contrário, Ele disse que nós somos SAL. Ora, o sal dentro de um saleiro, ao longo dos anos, não é eficaz na sua função de “anticéptico” (não deixar “apodrecer” a sociedade), e de temperador (dar um melhor paladar à sociedade, contribuir para que ela fique mais gostosa). A presença do sal é sempre notada, mesmo em pequenas quantidades.

Portanto, como político profissional ou não (esta do do "político profissional" eu já ouvi em algum lugar...), o cristão deve envolver-se na política, embora eu defenda a separação entre o Estado e Igreja... este até seria um outro tema interessante.

Anónimo disse...

Primeiro, as questões sociais (de interesse do povo mesmo) não devem se restringir às crenças religiosas. Assim como Caio Fábio, acredito que os cristãos podem "participar da vida pública e das atividades que ajudam a dar valor ao sentido de comunidade entre os humanos". E também "creio que a política é um desses ambientes". Um das coisas que me causam aversão é qdo um político faz questão de ressaltar em seu 'nome parlamentar' os títulos "pastor fulano de tal"; "bispo cicrano de tal"... Ora, eles foram eleitos para promover melhorias ao Brasil, não às igrejas X, Y ou Z... (eu gostaria de falar mais sobre isso, mas preciso voltar ao trabalho) bjs, Aline

Gustavo Nagel disse...

Jo,

Eu chamaria de indispensável o envolvimento com a política. Só há um problema: não sei o que se passa em Portugal, mas no Brasil, os exemplos de políticos evangélicos são os piores possíveis. Todos apararentam muito oportunismo e nenhum comprometimento com valores essencialmente evangélicos. Esse tipo de postura deve ser, sim, repudiada.

Abraços.

Jorge Oliveira disse...

Agradeço ao pessoal Brasileiro (Aline, Gustavo Nagel) pelos vossos comentários e por partilharem a experiência de brasileiros cristãos na política. Lamentavelmente, segundo contam, é mau exemplo, mas continuo a achar que pode existir um envolvimento positivo.

Anónimo disse...

Política e religião nunca deveriam se unir, quando a religião domina a política só existem favoritismos da classe religiosa para seus integrantes e a justiça social vira um mito. Nunca voto em políticos afiliados a partidos religiosos e muito menos voto em líderes religiosos proselitistas.

Tenho horror a uma possível teocracia evangélica, assim como qualquer Estado não laico no país, já penso há tempos que datas comemorativas cristãs deveriam ser removidas dos calendários nacionais, isso é muito favoritismo com relação a religiões cristãs.

Quando será que vai ter o Dia de Ra, Dia de Djehuty, Dia de Thoth, Dia de Hórus, Dia de Isis e outros dias? (risos)