quarta-feira, outubro 12, 2005

Amas-me?

"Jaroslav Pelikan fala de um velho rabino que foi interrogado por seu aluno:
- Por que vocês, rabinos, com tanta frequência expressam seus ensinamentos em forma de pergunta?
O rabino retrucou:
- O que há de errado com uma pergunta?

Com muita frequência Jesus também devolveu a pergunta no estilo socrático, pressionando o indagador ao ponto crítico. Suas respostas penetram o âmago da questão e o coração dos ouvintes. Duvido que deixaria qualquer encontro com Jesus sentindo-me convencido ou satisfeito."

In: Philip Yancey; O Jesus que eu nunca conheci; Pág. 100; Editora Vida.

2 comentários:

Teorema Editora disse...

Muitos posts para salvar e ler com calma. Talvez o jejum forçado tenha permitido que um apetite desmedido possa encontrar alimentos nutritivos.
Graça e paz.

Vítor Mácula disse...

Precisamente.
Se repararmos nas atitudes, ditos e respostas evangélicas de Jesus, eles remetem-nos sempre para nós-próprios, interpelando-nos a tomarmo-nos a nós-próprios como tarefa ético-religiosa. (Que aquele que não tiver pecado atire a primeira pedra, A trave no próprio olho, E tu, que tens com isso?, O samaritano que batendo no peito chora a sua miséria pecadora é justificado e o fariseu seguro não etc etc etc).
Jesus corresponde a um vendaval de tomada de consciência de si próprio, de que “ainda” e “nunca por enquanto aqui na terra” estamos ou estaremos lá perfeitos e santos e em comunhão directa com Deus. A tarefa é infinda – até que a morte…

Um abraço.