A comunhão vai acontecer, sem dúvida, quando existe em primeiro lugar, uma comunhão íntima, com Cristo, autor e consumador da nossa fé. Jesus deu exemplo de uma comunhão perfeita com o Pai e orou por nós, para que fossemos também um:
“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” João 17:21.
É precisamente da intimidade com O nosso Pai que brota em nós um desejo de amar.
Aliás, o ser humano tem um desejo profundo de amar e ser amado.
Claro que só podemos ter comunhão, com quem anda na “Luz”, ou seja, alguém que já está em comunhão com o Pai, que confessou os seus pecados, aceitou o perdão de Jesus e vive em obediência a Ele (1 João 1:3-9).
Mas, lamentavelmente o povo mais dividido da face da terra (de uma forma prática), seja precisamente o mesmo que tem o potencial de ser o mais unido da terra.
Que religião, organização, seita ou grupo tem mais denominações, grupos e "grupinhos" que os evangélicos? Não será isto, uma contradição clara do que ensinou Jesus?
O mais grave é que não estamos divididos apenas globalmente, nem geograficamente, às vezes, muitas vezes, estamos divididos dentro da própria igreja. Na nossa própria “casa”. Na nossa família. Tantas vezes agimos como estranhos. Indiferentes. Com mexericos, teimas, “orgulhos” e birras.
Então, não há esperança para acontecer verdadeira comunhão? Tenho a certeza que sim.
Devemos voltar à fé simples, genuína e sincera da Bíblia. Amar a Deus e amar os que se cruzam connosco, mesmo os que estão à “beira do caminho”. Não “espiritualizar” tudo, sabendo que há coisas espirituais e há coisas práticas na igreja. Julgarmo-nos mais a nós e menos os outros. Por de parte as birras e tirar os “galões”. “Não coar mosquitos e engolir camelos”. Amar de coração os que pensam de maneira diferente da nossa. Não falar e muito menos pregar como se conhecemos tudo e os outros não tivessem nada para nos ensinar. Sermos intolerantes com o pecado e tolerantes com as pessoas. Perdoar e esquecer. Saber ouvir e calar. Rir e chorar, mas não viver permanentemente em prantos, nem em gritos. Saber que somos reis e sacerdotes, herdeiros das promessas de Deus, mas viver como servos e mordomos humildes que nada têm de seu. Enfatizar a Cristo sempre e não a "doutrina da moda".
Acredito que quando nos submetemos à cabeça (Cristo), o Corpo (igreja) vai experimentar as delícias da santa comunhão. Assim, o mundo vai crer em Jesus e no Pai que O enviou.
“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” Salmos 133:1
1 comentário:
Parece que hoje já consigo comentar: concordo com as tuas palavras. Acima de tudo, devemos procurar o que nos une, que nos aproxima, que é Jesus Cristo. Ele é o motivo da nossa união. E deixar de lado as coisas que nos dividem....
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