Depois de Jesus ter estado algum tempo no deserto, por causa da sua enorme popularidade, voltou a Cafarnaum. À porta da casa, provavelmente da sogra de Simão Pedro, juntou-se uma grande multidão dentro e fora da casa.
O que fazia Jesus ali? Marcos conta que Jesus anuncia-lhes a Palavra. O Verbo que se fez carne, tornava viva e real a Palavra da graça e da verdade. Devemos continuar na grande centralidade do ministério de Jesus: anunciar a Sua Palavra a todos. Pregar o Evangelho sempre.
Entretanto, por entre a multidão, foi levado um paralítico a Jesus por quatro amigos. Como não conseguiram entrar pela porta, fizeram um buraco no telhado daquela casa. Os bons amigos amigos aproximam-nos de Jesus.
Lemos no relato de Marcos que “Jesus viu-lhes a fé” (v.5). Calvino e outros teólogos sugerem que esta é uma fé plural. A fé dos amigos e do paralítico. A multidão estava estupefacta com toda aquela cena e pairava no ar uma grande expectativa daquilo que Jesus ia fazer.
Surpreendentemente, Jesus disse ao paralítico: “Filho, perdoados estão os teus pecados.” Os amigos e o paralítico devem ter ficado um pouco decepcionados. Terão pensado: “Se era para isto mais valia não termos furado o telhado…”
Os religiosos que estavam ali ficaram furiosos com Jesus. A declaração de Jesus colidia com o ensino das Escrituras que afirmavam que só Deus podia perdoar pecados. Além disso, eles pensavam que Jesus era um impostor. Se Jesus fizesse andar aquele homem, isso sim seria uma demonstração que era profeta, agora falar aquelas "blasfémias".
Mas Jesus conhecia os seus pensamentos e propõe-lhes um dilema: “Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer- lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?” Antes que eles respondessem, Jesus diz alto e bom som: “Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, e toma o teu leito, e vai para tua casa.”
Naquela mesma hora, o paralítico levantou-se, apanhou o leito e saiu alegre para sua casa. Ficou notório que Jesus, ao curar aquele homem, não só tinha poder sobre todas as enfermidades, mas também tinha autoridade para perdoar pecados. É mais fácil curar paralíticos do que perdoar pecados. O perdão de pecados custou a vida de Jesus; Curar paralíticos bastou-lhe uma palavra criadora.
Algumas conclusões deste grande milagre:
1) Jesus viu a fé daqueles cinco homens e viu também os maus pensamentos dos religiosos. Jesus vê e sabe tudo porque é Deus. Podemos confiar nele.
2) A fé daqueles 5 homens foi colocada em Jesus. A fé verdadeira procura Jesus e manifesta-se em acções concretas. Aqueles amigos nada falaram, eles agiram. Superaram vários obstáculos: o transporte do paralítico, a multidão, o telhado, o medo, as críticas.
3) Este milagre serviu para Jesus desmontar a fé falsa dos escribas. Por vezes as nossas vãs tradições impedem-nos de vislumbrar o poder e a autoridade de Jesus, em nós e nos outros. Jesus tem todo o poder.
4) A restauração daquele paralítico foi completa. Foi curado espiritualmente e fisicamente. Mas a maior das curas foi a cura do pior dos males: o pecado. Alguém disse: “O maior problema de quem está doente é achar que a doença é o seu maior problema”.
5) A multidão ficou maravilhada e glorificou a Deus. Quando depositamos a nossa confiança em Jesus, outras pessoas ficam contagiadas.
A maior de todas as curas é espiritual. A maior necessidade humana é ser perdoado e tratado por Jesus. Só Deus pode perdoar os teus pecados, por intermédio do salvador e Senhor Jesus Cristo.
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