terça-feira, junho 04, 2019

Deus escreve sempre bem



Daniel conta que Belsazar era o segundo no reino da grande Babilónia. Para dar nas vistas, o Segundo deu um grande banquete para mil distintos convidados. Há gente que quer ser o primeiro em tudo. A festa tinha muita comida, bebida, riso, luxúria, depravação. As festas dão uma sensação de alegria e abastança mas nunca bastam ao espírito.

Não contente com a farra, Belsazar resolveu beber mais vinho nos utensílios sagrados que tinham sido trazidos do templo de Jerusalém. Enquanto bebia neles, o Segundo dava louvores aos seus deuses com os convivas. Belsazar não imaginava que naquela noite ia cair juntamente com a grande Babilónia. A morte surpreende sempre os mais incautos.

De repente, uns estranhos dedos sem corpo escreveram palavras na parede do palácio. O gargalhar de Belsazar mudou-se rapidamente para um grande temor e tremor de pernas. Uma frase enigmática tinha sido escrita pelos dedos divinos. "Deus escreve direito por linhas tortas". Os maiores sábios do reino nada conseguiram decifrar. Então, a rainha-mãe lembrou-se do profeta Daniel e mandaram-no chamar.

Se Daniel conseguisse interpretar a misteriosa frase, o Segundo prometeu-lhe o terceiro lugar no reino e muitos presentes. Mas Daniel não ficou impressionado com as ofertas. Um carácter santo é mais importante que as maiores importâncias deste mundo. Diante dos “mil grandes”, Daniel denunciou corajosamente o pecado de orgulho e idolatria de Belsazar. "MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM". Deus tinha visto arrogância de Belsazar e o reino da Babilónia ia acabar. Naquela mesma noite o Segundo que armou em Primeiro foi morto e Dario começou a reinar.

Os prazeres carnais deste mundo não compensam. Não desprezemos as coisas de Deus e nem misturemos a obra do Senhor com as nossas vaidades. O Deus da Palavra revela-se pela Palavra. Os seus dedos continuam a escrever a história do mundo e o fim das nações. A melhor coisa que podemos fazer nesta vida é crer e confiar na salvação de Deus, manifesta no Verbo Jesus.


Imagem: Rembrandt - Belshazzar's Feast (1635)

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