Quando andava no serviço militar, depois de conversar com um colega acerca dos assuntos da fé, ele acusou-me que essas coisas eram só para uns quantos "iluminados". Nessa altura não gostei muito. O tom era ironicamente depreciativo. Hoje não me importaria assim tanto. A iluminação não é, nem fruto do nosso esforço, nem por causa da "nossa bondade". Mas compreendo agora que sem iluminação divina o homem nada pode saber relativamente às coisas espirituais. "Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo" (2 Coríntios 4:6). A luz é divina, mas vê-se. Jesus afirmou que era a luz que veio a este mundo: "Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas" (João 12:46). Quando cremos em Jesus, saltamos das trevas para a sua maravilhosa luz.
Mas podemos pensar que estamos na luz e estarmos enganados. O apóstolo João diz: "Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas" (1 João 2:9). Rejeitar, desprezar ou odiar o nosso irmão que vemos, equivale a fazer isso tudo ao "Pai das luzes" e estar no pior dos negrumes. Uma das provas, ou evidência, que alguém está na luz é o amor pelo próximo (1 João 2:10). O caminho da luz é o caminho do amor. Amar é iluminar. Não um amor propriamente nosso, mas a luz que reflectimos da essência da natureza divina que está em nós. A luz ainda brilha. Que nunca nos falte. "Enquanto tendes luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz" (João 12:36).
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