quinta-feira, novembro 14, 2013

O finito não pode alcançar o infinito

A pretensão de pensar que se conhece muito acerca de Deus e das suas obras é a pior das ilusões religiosas. Gosto daquele frase de John Wesley “tragam-me um verme que possa entender um homem e eu lhes mostrarei um homem que possa entender o Deus triúno.” Onde estávamos quando Deus fundou a terra? pergunta o Deus criador a Jó e indirectamente a nós também (Jó 38:4)? Nas questões do conhecimento divino, quem pensa que sabe, nada sabe.

R. C. Sproul diz no seu livro "Defendendo a sua fé" (Editora CPAD) que "A teologia cristã afirma a incompreensibilidade de Deus, uma noção não somente bíblica, mas filosófica. Como João Calvino expressou, 'o finito não pode alcançar o infinito' (finitum non capax infiniti). Nenhuma criatura, sendo finita, não importa o seu nível de inteligência ou a abrangência do seu conhecimento, poderia sondar inteiramente a profundidade de um ser infinito. Para ter um entendimento exaustivo e compreensível de um ser infinito, alguém deveria ser infinito." O pouquíssimo que vamos sabendo, conhecemos pela sua revelação graciosa. Contudo, diz Sproul, embora "o nosso conhecimento de Deus seja parcial, isso não indica que seja sem valor ou falso."

Conhecer Deus é o nosso grande desígnio e propósito, mas sem a ajuda divina nada saberemos. A porta de entrada dessa aprendizagem, que é mais relacional do que intelectual, é o reconhecimento e a aceitação da nossa própria finitude, pequenez e pecaminosidade. Saber quem Deus é irá glorificar sempre O Senhor, saber quem somos também.

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