Entre outras coisas, vejo disponibilidade, identificação, abnegação e persistência. Ainda que obrigado, Simão dispôs-se a levar a cruz de Cristo. Podia dizer que não, mas ele anuiu em dar as suas mãos, os seus pés e costas à causa do Cristo. Identificou-se com o sofrimento e o sangue de Jesus. A realidade do sofrimento para alguns evangélicos, especialmente os que fazem da caminhada cristã um mar de rosas sem espinhos, custa a aceitar. Obviamente que não é o nosso sofrimento que nos salva - é Jesus Cristo; porém, felizes aqueles que sofrem por Cristo (Mateus 5:10; 2 Timóteo 2:12; Tiago 1:12). O Apóstolo Pedro diz-nos que o sofrimento que advém por fazermos o bem é agradável a Deus (1 Pedro 2:20). Por último, perseverança. Não consta que Simão tenha desistido de carregar a cruz. Levou-a até ao fim do caminho.
Foi Jesus que morreu, pelos nossos pecados, na cruz. Quem aceita o seu sacrifício expiatório é salvo. Mas quem intenta ser verdadeiramente seu discípulo precisa negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz e caminhar com Jesus todos os dias da sua vida (Mateus 10:38; 16:24; Marcos 8:34; Lucas 14:27). Isto implica sofrimento, perda e a morte do "eu". Não sei como é com os outros cristãos, mas eu nem sempre realizo isso na minha experiência diária. Simão, o Cireneu, relembra-me que vale a pena continuar a caminhar até ao fim.
"As aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada." (Romanos 8:15)
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