"Vendemos terra ao dia. Toda a terra que puderes rodear com os teus pés num dia, é tua. Só há uma condição: Se não voltares no mesmo dia ao ponto donde partiste, perdes o dinheiro e a terra". Disseram os Baquires.
Contentíssimo, Pahóm aceitou o negócio e começou a caminhar e a cavar buracos na terra para a marcar como sua. Caminhou e marcou. Caminhou, caminhou, caminhou. Quando o sol já se estava a pôr, ele resolveu voltar. Apressou-se e correu esbaforido. Correu, correu, correu. Perto do ponto de partida Pahóm caiu exausto. O seu criado correu na sua direcção para tentar levantá-lo, mas viu sangue que lhe corria da boca. Pahóm estava morto. O criado pegou na pá, fez uma cova em que coubesse Pahóm e meteu-o lá dentro. "De quanta terra um homem precisa?" Sete palmos de terra: não precisava de mais.
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