Nunca nos esqueçamos que os verdadeiros "pais da Igreja", Pedro e os apóstolos recusaram ser adorados (Actos 3:11-13; 10:25-26; 14:13-14). Quando Pedro e João, pela sua fé em Deus disseram a um homem coxo para andar, ele ficou milagrosamente curado. O povo ficou maravilhado e tentou adorá-los, mas Pedro prontamente alertou: "por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem? O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Filho Jesus, [...] pela fé no seu nome, fez o seu nome fortalecer a este que vedes e conheceis; e a fé que é por ele deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde."
Dirigir adoração, orações, ofertas ou outra coisa qualquer a qualquer um que não seja Deus é idolatria e é roubar de Deus a glória que é somente Sua. Devemos adorar somente a Deus, porque somente Deus é digno de “...receber glória, e honra, e poder...” (Apocalipse 4:11).
"E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás." (Lucas 4:8).
5 comentários:
Mandamento nº 1- Não terás outros deuses diante de Mim
Mandamento nº 2- Não farás pra ti imagens de escultura. Não te encurvarás a elas, nem as servirás...
E penso que se não observarmos o 2º estaremos a guardar o 1º.
Triste mesmo é que o "papa", aparentemente, desconheça que santos são todos os que, verdadeiramente, crêem em Cristo.
E depois lá vêm eles com a célebre frase: "Nós não adoramos os santos, venerámo-los"
Olá. Sou Católico e gosto de coisas esclarecidas. Segue o que os católicos pensam sobre a santidade:
1. Na Bíblia. A palavra hebr. traduzida por “santo” encerra as ideias de separado e de puro. No AT, é aplicada a Javé, de Quem ninguém é digno de se aproximar (ex., Moisés no episódio da sarça ardente). Este temor respeitoso foi evoluindo pela acção dos profetas, sobretudo depois do exílio, com a progressiva consciência de que é o pecado que impede o acesso a Deus. O Levítico, composto depois, alarga os horizontes no “Código da Santidade”, que abre com a fórmula “Sede santos como Eu (Javé) sou santo” (Lv 19,2). No NT, o termo “santo” raramente aparece aplicado a Deus, com excepção do Ap (4,8), que proclama Deus três vezes Santo. A Jesus é aplicado uma dezena de vezes e ao Espírito Santo perto de uma centena, sobretudo em Lc e Act. São Paulo, no início de Ef (1,4), ao traçar o plano de Deus a nosso respeito, diz que «Deus nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em caridade na sua presença»; e, nas suas cartas, com frequência trata os fiéis por santos e lembra-lhes que são templos do Espírito Santo, o Santificador.
2. Na vida cristã. Só Deus é santo, como dizemos no Glória da Missa, pois a santidade define a sua transcendência e perfeição (ou pureza) sem limites. Mas, como intuiu S. Paulo na passagem citada (Ef 1,4), Ele, ao criar-nos por amor, quis-nos fazer participantes da sua santidade, i.e., da sua natureza (cf. 2Pe 1,4) e vida divinas, conformando-nos, pela graça, a seu Filho J. C. O apelo do Levítico “Sede santos porque Eu sou santo” (cf. 1Pe 1,16) foi retomado por J. C. em termos equivalentes: “Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). A regra da vida cristã é crescer sempre nesta perfeição aos olhos de Deus, apelando à sua misericórdia e recorrendo aos meios de santificação, até ao grau de santidade em que a morte nos surpreender. Por isso, todo o tempo da vida é pouco para esta caminhada, que vai dar à plena participação na santidade de Deus na luz da glória e visão beatífica. (Cf. cap. V da LG).
3. Santificação, meios de. É Deus que concede como dom gratuito (graça) a santidade e o progresso nela. Mas pertence-nos, movidos pela graça, acolher este dom e fazê-lo render, para isso recorrendo, confiante e diligentemente, aos meios de santificação. Condição prévia é combater e erradicar da nossa vida o *pecado e tudo o que leva a ele e que a catequese tradicional chama *inimigos do homem: o mundo, o demónio e a carne (V.). Isto exige uma atenção constante e um permanente esforço de purificação dos sentidos, das tendências naturais e, mais profundamente, da inteligência e da vontade. Num sentido positivo, apontam-se três meios principais de santificação: 1) Os *sacramentos, e de um modo geral a liturgia, pela sua eficácia intrínseca na comunicação da graça santificante, embora os frutos dependam das disposições de quem os recebe. Na vida corrente, assumem grande importância a *Eucaristia e a *Penitência, a que se devem acrescentar os *sacramentais e as *indulgências.
2) O exercício das *virtudes infusas (sobrenaturais) e dos *dons do Espírito Santo, dinamizado pelas *graças actuais, que Deus prodigaliza e que importa acolher generosamente. 3) A *oração nas suas diversas modalidades e nos seus diversos graus. Como meios secundários, mas alguns de grande utilidade, costumam indicar-se os seguintes: 4) Exercício da *presença de Deus; 5) *Exame de consciência diário; 6) Fidelidade à graça; 7) Conformidade com a vontade de Deus; 8) Desejo de perfeição; 9) Energia de carácter; 10) Plano de vida; 11) Leitura espiritual; 12) Santas amizades; 13) Direcção espiritual. 4. Santificação do mundo. Consiste em impregnar de espírito evangélico a ordem temporal, na fidelidade aos desígnios de Deus. É missão de toda a Igreja, competindo à hierarquia sobretudo a orientação, e ao laicado as intervenções directas nos campos da cultura, vida social e animação política.
Caro Oliveira,
Não percebo o que é que o seu longo arrazoado se relaciona com o que escrevi. As grandes questões que a recente promoção papal dos santos levanta são estas:
Deve um crente em Deus, segundo a Bíblia, rezar, adorar e curvar-se perante imagens de homens que viveram em santidade?
Porque é que os líderes do Catolicismo promovem/toleram tais comportamentos?
Enviar um comentário