Sábado à noite fui à feira do livro com a minha família. Cumpriu-se a tradição (existem tradições boas) e uma herança familiar: sou grato ao meu pai por um dia, sendo eu ainda uma criança a caminhar para a adolescência, ter atravessado a Ponte da Arrábida comigo, não para me levar a um prostíbulo, mas para irmos juntos à feira do livro no Porto. Este ano, reparei que andava pouca gente no Palácio de Cristal. Os livros estão caros e como diz o meu amigo Tiagão, quase já não compensa comprar na Feira. Ainda se os Ciganos (os genuínos) se metessem no ramo, talvez os preços baixassem, mas aí, as capas e os sacos iriam perder também alguma qualidade. Além disso, existem “outras Feiras” que os vendem incompreensivelmente mais baratos que o “preço de feira” das editoras. Constatei mais uma vez que, tirando a Sociedade Bíblica, não existiam editoras nem livros de inspiração evangélica ali representados, são poucos os (bons) empresários e leitores protestantes. Lá compramos uns livritos e voltamos felizes à CIDADE de Gaia (eheh), que se diz que poderá acolher a próxima edição do certame, com os bolsos ainda mais vazios, mas saciados com os bons sacos das editoras na mão.
Imagem: Vincent van Gogh, The Yellow Books, 1887
1 comentário:
Eu já desisti há muito de ir à Feira do Livro em Lisboa! Na verdade não compensa!
Mas sempre voltaram felizes e contentes para a CIDADE de Gaia! :D
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