terça-feira, março 02, 2010

Dupla adjectivação

Não sei se já repararam, mas uso bastante nos meus textos a dupla, senão tripla, adjectivação. Normalmente dobro tal sublinhado, não porque haja em mim qualquer bom resquício Queirosiano (antes houvesse), mas é simplesmente para realçar a carga expressiva do tom - ainda que traduza redundantemente o mesmo sentido. Um adjectivo por vezes parece-me insuficiente. Mais do que quatro não gosto (até os pleonasmos têm os seus limites).
Também rabisco assim, para que não restem quaisquer dúvidas, quanto ao meu pobre e reiterado estilo defeituoso e inábil (repararam nos impertinentes e maçadores gémeos qualificadores?).
Há um provérbio espanhol (hoje aqui ao lado no Today´s Quote em inglês, pensando eu que só existia em português) que diz: “Dios escribe derecho con renglones torcidos”. Por isso, cá vamos indo "escribiendo e viviendo" com estes clones "renglones". Pode ser que um dia Deus fale qualquer coisa.

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