Esta semana estreia em Portugal o Shrek 3. O seu sogro, o rei do grande reino encantado de "Far Far Away" ("Tão, Tão Distante"), morre e querem que o Shrek suba ao trono. Que ele seja o rei. Mas o Shrek entende que apesar de ter a barriga grande, não tem lá dentro um rei. Afinal ele é um ogre e não nasceu para ser rei. Então começa a aventura, à procura de um novo rei.
Ainda não vi o filme, mas agradou-me esta recusa do Shrek. Querer ser rei é provavelmente um dos maiores problemas da humanidade. Desde políticos até aos protestantes, todos querem mandar. Arranjam uma coroa, meia dúzia de súbditos e constroem os seus castelos e as suas capelinhas, alguns mesmo dentro de outros castelos. Existem até uns novos conquistadores de nariz empinado, ataviados com capa e ceptro real que andam por aí a colectar dízimos e ofertas para o seu reino. O reino da sua (grande) barriga, claro.
Se pensarmos bem, a síndrome de mandar e controlar está num reinado “tão, tão próximo” de nós. Dentro de nós. Facilmente nos esquecemos que somos ogres e que só existe um rei verdadeiro que sabe mandar: Deus. O nosso grande desafio não é mandar, é obedecer-lhe. Não é exercer domínio nos outros, é sermos dominados por Deus, O único, verdadeiro e santo Dominador. Ontem, agora e sempre, o Rei é e será Deus.
Sem comentários:
Enviar um comentário