domingo, maio 18, 2025

É importante votar


A democracia não é um sistema perfeito, mas é o meio pelo qual a voz de uma pessoa se faz ouvir e pode fazer a diferença. Apelo ao voto. 

#Legislativas2025

segunda-feira, maio 12, 2025

O reino futuro de Deus para o presente

"Quando Jesus ressuscitou dos mortos, ele trouxe o reino futuro de Deus para o presente e trouxe o céu à terra. Entramos agora no reino pelo arrependimento e pela fé em Jesus, e pelo nascimento por meio do Espírito Santo (Jo 3:3-5). Em seguido, somos literalmente 'transferidos' do reino deste mundo para 'o Reino do seu Filho querido' (Cl 1:13, ESV). Isto é muito mais do que adoptar simplesmente novas crenças e práticas éticas. Entrar em um reino significa sujeitar-se a um novo conjunto de lealdades, crescer em amores novos e submeter-se a novos valores directivos na vida. Depois disso, corações, famílias relacionamentos, comunidades e campos de cultura humana são curados e retrabalhados à medida que são redireccionados para a glória de Deus e submetidos à autoridade de Jesus, o Rei, pela sua Palavra e Espírito (Sl 72; Cl 1:16-20; Ef 1:9-10)." 

In: KELLER, Timothy. Esperança em tempos de medo. São Paulo: Vida Nova, 2022, p. 99,100.

segunda-feira, maio 05, 2025

Dos escândalos


Em Marcos 9 Jesus vai alerta-nos para dois tipos de erros: o erro do exclusivismo e o erro da falta de santificação. Na verdade, são dois tipos de escândalos, o escândalo de um cristão ficar ressentido por outra pessoa estar a anunciar Jesus e o escândalo do cristão pensar que pode ser cristão sem viver em santidade. Para nossa vergonha temos que admitir que há muitos escândalos no meio evangélico hoje.

O Apóstolo João vai contar a Jesus a façanha dos discípulos, que proibiram um homem que estava a expulsar demónios em nome de Jesus, mas que não andava com eles. João imaginou que o poder de Jesus estava confinado ao grupo dos discípulos. O sectário João não aceitava pessoas fora do seu círculo. Este discípulo que disse este disparate, era o que reclinava a sua cabeça no peito de Jesus em sinal de profunda comunhão. Por vezes nós também pensamos que estamos a dizer uma grande coisa, mas não passam de afirmações egoístas e descabidas.

Jesus informou os discípulos que não há quem faça milagres usando o seu nome e a seguir vá falar mal dele. Cuidado com a exclusividade que alguns crentes, pastores, igrejas e denominações pensam que têm. O Reino de Deus é muito mais amplo do que a nossa igreja, movimento ou grupo. “Quem não é contra nós é por nós”, afirmou Jesus (Mc 9:40). A pessoa até pode não ter total clareza doutrinária, mas se crê em Jesus, não vai ser contra Ele e por isso O Senhor não reprova essa pessoa. Se O Cristo que outros pregam é o da Bíblia, mesmo não estando connosco, essas pessoas estão também do nosso lado, que é o de Cristo. 

Por outro lado, Jesus não está a defender que todas as crenças e religiões são boas e que não importa o que faz ou ensina. O universalismo é falso e o ecumenismo é um caminho errado. Em outra ocasião Jesus também disse que “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.” (Mt 12:30). A questão é se a pessoa está em Cristo e se anuncia a Cristo. As pessoas ou são por Cristo ou contra Cristo. Até dar um copo com água, em nome do Senhor, terá recompensa! 

Se nos primeiros versos há cristãos escandalizados, nos seguintes há cristãos que escandalizam. Escandalizar “pequeninos”, pode ser afastar as crianças ou os mais novos na fé, de Cristo. Talvez o tal homem que expulsava demónios fosse um novo convertido. Jesus disse que o cristão que escandaliza esses pequeninos, melhor seria pegar numa pedra de moinho e ser lançado ao mar. Esta hipérbole de Jesus é para demonstrar as sérias consequências dos escândalos na vida do crente. Ao contrário do que alguns evangélicos julgam, ser cristão não é uma carta branca para se viver de qualquer maneira. Ser cristão implica viver em santidade e em obediência a Deus, sem conduta escandalosa. 

Jesus usa três imagens para advertir sobre as terríveis consequências de alguém viver de forma escandalosa. É melhor cortar a mão, um pé ou arrancar um olho que escandaliza do que ser lançado no inferno. É óbvio que esta é uma linguagem figurada que Jesus. O Senhor não está a ensinar que a pessoa deve mutilar os seus membros ou fustigar o corpo. Isto significa que se há algo na vida que escandaliza, o melhor é “cortar o mal pela raiz.”

O inferno é um lugar de tormento eterno onde também “o bicho não morre e o fogo não se apaga”. Há igrejas que só falam em inferno e há outras que parece que nem sabem que existe. Jesus falou muito sobre o inferno. O inferno é real e a pessoa que for lançada no inferno sofrerá eternamente. O termo grego para inferno aqui é “geena”. Geena está relacionado ao vale de Hinom, que ficava fora da cidade de Jerusalém. Foi aí que o Rei Acaz e o Rei Manassés sacrificaram os próprios filhos (2Cr 28:3; 33:6). Era um lugar de culto a Moloque. Mais tarde, o Rei Josias acabou com essas práticas e o Vale de Himom no tempo de Jesus estava transformado num monturo de lixos, onde existia uma fogueira que ardia sem cessar. É um lugar terrível preparado para todos os que não crêem em Jesus e na sua salvação. 

O discípulo de Jesus deve mostrar tolerância com os outros e ser rigoroso consigo próprio. Por vezes somos muito inflexíveis com os erros dos outros e muito tolerantes com as nossas próprias fraquezas e pecados. Esta tolerância, contudo, não é a permissão para aceitarmos falsos ensinos ou falsos profetas, antes, para entendermos que quem anuncia a Cristo também está do nosso lado. 

Quem não receber Jesus como seu Salvador e Senhor já está condenado ao inferno. “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.” João 3:36. Todo aquele que crer em Jesus e aceitar a sua salvação terá morada eterna num lugar de alegria, descanso, onde não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro e nem dor (Ap 21:4).

quinta-feira, abril 24, 2025

Temendo e tremendo avança para Jesus

"Então, a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante de Jesus, e disse-lhe toda a verdade." - Marcos 5:33. 

Uma mulher tinha uma doença grave há mais de doze anos. Tinha gasto já todo o seu dinheiro com os médicos e era estigmatizada por todos. Num arrojo de fé e coragem, irrompeu por entre a multidão e tocou as vestes de Jesus. Foi instantaneamente curada. 

Jesus parou e perguntou: "Quem me tocou?" Os discípulos não entenderam a pergunta diante daquela multidão que se acotovelava com Ele. Mas Jesus sabia que tinha saído poder dele. Então, a mulher, temendo e tremendo, prostrou-se diante de Jesus e assumiu que tinha sido ela. Em vez de censurá-la, Jesus elogiou a fé daquela mulher: "Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e sê curada deste teu mal." 

Na verdade, não foram as vestes de Jesus que a curaram, foi a virtude de Jesus que possibilitou o milagre. A cura aconteceu na sequência de um acto de fé ousada. A fé não elimina o medo. Falta-nos esta fé que não se deixa tolher pelo medo e pelos obstáculos. A fé verdadeira avança em direcção a Jesus. A única fé que salva e liberta é aquela que é colocada em Jesus. O único Salvador. A verdadeira liberdade.

 

terça-feira, abril 15, 2025

Cristo sofreu para nos levar a Deus

"Na cruz, Cristo não apenas sofreu a ira de Deus em nosso lugar, mas abriu o caminho para que fôssemos aceitos como filhos diante do trono celestial." 

- William Perkins

quinta-feira, março 27, 2025

O mérito pertence a quem?

"Todas as religiões do mundo são essencialmente sistemas de mérito humano. Até aquelas que ensinam a misericórdia divina enfatizam que é preciso conquistá-la. Somente o cristianismo anuncia que Deus é misericordioso para com os pecadores, que não merecem a sua misericórdia. São aqueles cuja defesa consiste apenas no mérito de Cristo, e cujo único argumento é clamar com humildade e confiança: 'Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador!'"

In: STOTT, John. As controvérsias de Jesus. Viçosa, MG: Editora Ultimato, 2015, p.109.

sábado, março 22, 2025

Jesus é o Maior!


A seguir a Jesus ter expulsado o demónio daquele jovem que o fazia surdo e mudo, Marcos conta que Jesus prossegue para Cafarnaum com os seus discípulos. Enquanto caminhavam, Jesus falou-lhes, mais uma vez, da sua morte e ressurreição. Os discípulos, além de não entenderem nada, ficaram com medo de perguntar o que aquilo significava. Esta dificuldade em entender o propósito redentor do Messias é desconcertante. Explica-se, em parte, pela expectativa judaica de que o Messias seria um libertador político, não um Cristo crucificado. Infelizmente esta incompreensão continua também nos nossos dias, nas pessoas a quem falamos da morte redentora de Jesus e tantos ainda nada entendem.

Chegados a Cafarnaum, Jesus faz-lhes uma pergunta: “O que vocês estavam a discutir no caminho?" Já vimos que quando Jesus faz perguntas não é para saber ou aprender algo, porque Jesus é Deus e sabe todas as coisas. As inquirições de Jesus, normalmente, servem para esclarecer dúvidas que precisam primeiro ser verbalizadas. Os discípulos nada responderam. Era o silêncio dos culpados. O assunto deles era demasiado comprometedor para o exporem a Jesus. 

Marcos informa-nos que a discussão dos discípulos era sobre qual deles seria o maior. Qual deles era o mais importante. Há aqui um contraste dilacerante entre Jesus estar a dizer que ia à cruz morrer, enquanto os discípulos discutiam entre eles quem era o melhor. O Senhor falava do momento mais importante da história do universo e as mentes dos apóstolos estavam ocupadas com desejos egoístas de grandeza pessoal.

Então, Jesus senta-se, chama os doze apóstolos e diz-lhes: “Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos.” No ensino de Jesus, se alguém quiser ser alguma coisa, deve aprender a servir os outros, dispondo-se a ser o último de todos. Para reforçar a lição, Jesus tomou uma criança nos braços e disse que quem receber uma criança em seu nome recebe-o a Ele. No mundo antigo, as crianças não tinham valor, eram desprezadas e ignoradas. Esta criança representa os esquecidos, os excluídos, os ignorados, os que não consideramos importantes. Jesus mostrou que o "maior" no Reino de Deus é aquele que ama, serve e ajuda quem precisa, assim como Cristo fez. 

Jesus é o maior exemplo de humildade e serviço. A maior prova de humildade que Jesus deu foi que, sendo Deus, sendo o criador do universo, Ele fez-se homem e como homem tornou-se servo. Sendo servo, Ele escolheu morrer numa morte horrível e vergonhosa, numa cruz. Em vez de querermos ser nós os mais importantes, confiemos naquele que é o Maior: Jesus Cristo. Ele foi o único que morreu e ressuscitou pelos nossos pecados (1Pedro 3:18). 

Quando tratamos bem as pessoas, quando valorizamos quem não é valorizado, quando amamos os outros, estamos a servir Jesus e o Pai. A ambição desmedida e o egoísmo fazem parte da nossa natureza humana caída. Ninguém pensa que é orgulhoso e arrogante ou altivo. Todos pensam que são humildes. A verdade é que todos queremos ser os maiores. Os mais importantes. 

A verdadeira grandeza não está em buscar posições ou cargos, mas no serviço simples e fiel a Deus e aos outros. Devemos servir com humildade, sem esperar elogios ou reconhecimento. Humildade não é pensar pouco sobre si, é pensar e agir como Jesus pensou e agiu. E Jesus, sendo O Senhor de tudo, viveu como servo humilde. Os líderes são chamados a liderar pelo exemplo, demonstrando amor e cuidado pelas pessoas ao seu redor (1Pedro 5:3). 

Devemos acolher os mais vulneráveis. A Igreja deve ser um lugar de acolhimento e abrigo. Que Deus nos ajude a cuidar daqueles que a sociedade despreza, como os órfãos, idosos, pobres e todos os excluídos. Que possamos tratar a todos com amor e respeito, independentemente da posição social. Partilhemos a fé em Cristo com todos, porque essa é a maior ajuda que podemos dar. Que possamos entender que só há um maior, é Jesus Cristo, porque de facto Jesus é mesmo o Maior!