segunda-feira, outubro 14, 2013

A falácia da moral ateísta

A questão da moralidade é um enorme osso atravessado na garganta dos que se dizem ateus. Negar Deus e tentar justificar a bondade é o triste quadro da faminta cobra engasgada consigo própria. Onde é que o homem vai buscar a ideia da bondade? Se Deus não existe porque é que não se deve matar, roubar ou mentir? Como bem inferiu o mestre Dostoiévski: “se Deus não existe, tudo é permitido”. Sem Deus, não há um "padrão absoluto" do bem.

O próprio “problema do mal e do sofrimento”, que alguns ateus julgam ser argumento contra Deus, pois parece ser contraditório com a existência de um Deus bondoso e poderoso, pressupõe a existência de um Deus. Os cristãos acreditam que o mal é circunstancial e temporal. Acreditamos que o mal é limitado e um dia cessará. Mas como explica um ateu o mal? Sem um padrão moral elevado, cada pessoa pode decidir por si só o que é o mal e o bem. Será a humanidade um padrão moral aceitável? A história tem provado que a métrica da moral humana é altamente subjectiva e perversa, portanto não é confiável.

Para terminar, recordo o testemunho do ex-ateu C. S. Lewis: "O meu argumento contra Deus era que o universo me parecia demasiadamente cruel e injusto. Mas de onde foi que tirei esta ideia de justo e injusto? Um homem jamais pode afirmar que uma linha é torta se não tiver algum tipo de noção do que é uma linha recta [...] Assim, na minha própria tentativa de provar a inexistência de Deus – em outras palavras, que a realidade como um todo era sem sentido -, descobri que eu era forçado a considerar que uma parte da realidade – ou seja, a minha ideia de justiça – estava cheia de sentido. Consequentemente, o Ateísmo passou a ser demasiadamente simplista para mim” (C. S. Lewis, Cristianismo Puro e Simples).

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