John Stott.
No sermão de Domingo preguei sobre o capítulo 4 da Primeira Carta de João. Os primeiros versículos do capítulo fazem o contraste entre o Espírito da verdade com o espírito do erro. Na segunda parte do capítulo, o Apóstolo João discorre acerca do amor de Deus que se traduz em amor fraternal. Não deixa de ser deveras interessante que João ligue o Espírito de verdade ao amor. Amar não significa aceitar todas as coisas. Andar na verdade, mais do que defender uma ideia correcta, é andar e permanecer em Cristo e na sua Palavra.
Num tempo de tanta confusão espiritual, o alerta do Apóstolo é pertinente: “Não creiais em tudo, antes provai tudo” (v.1). O inclusivismo, a ingenuidade e a ignorância nas coisas espirituais são perigosas. Continuam a existir hoje muitos falsos profetas que enganam, manipulam e tentam deturpar a verdade. Devemos estar atentos e averiguar se os ensinamentos espirituais que ouvimos têm origem em Deus ou se têm outra proveniência.
Aquilo que se diz acerca de Jesus Cristo é crucial para perceber o Espírito da verdade do espírito do erro. Por exemplo, sobre a encarnação de Jesus. O Jesus dos gnósticos não era o Jesus encarnado, portanto, estavam a acreditar e propagar um Jesus falso. A Palavra de Deus, a Bíblia, é sempre a régua, a métrica, a pauta espiritual que define se algo é de Deus ou não. O cristão verdadeiro ouve e segue Jesus Cristo.
Por outro lado, não precisamos temer as seitas, o diabo ou o mundo - “Maior é Deus que está em nós” (v.4). O Espírito de Deus, O Espírito da verdade, está nos filhos de Deus e é mais poderoso do que todo o erro e mentira. A vitória é espiritual e intelectual. Os argumentos são divinos. Não há verdade sem o amor de Deus, mas sobre o amor de Deus escreverei num próximo post que este já vai longo.
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