quinta-feira, novembro 23, 2017

Cantos de livramento


"Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento" (Salmo 32).

Gosto muito deste Salmo. Li que também era um dos favoritos de Agostinho de Hipona até à morte. Conta-se que o tinha escrito na parede, para que pudesse vê-lo desde o leito onde se encontrava enfermo. O Salmo conta a história de um homem paralisado pela culpa do pecado não confessado. É a nossa história. O primeiro impulso dos pecador é esconder-se e calar os pecados. Aquele que retém os seus pecados envelhece e envilece a alma - "o seu humor se torna em sequidão de estio" (v.4). Mas quando admitimos o mal que somos e as muitas maldades que fazemos, Deus promete perdão - "Confessarei ao Senhor as minhas transgressões e tu perdoaste a maldade do meu pecado" (v.5). Em vez de nos escondermos ou encobrirmos as nossas misérias, escondamo-nos no regaço dos fortes braços do Pai. Em lugar de sofrermos o fado das angústias, cantemos os alegres cantos do livramento do Senhor. Remoer os pecados mói, confessá-los liberta-nos.

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