segunda-feira, março 20, 2017

Perto do altar, longe de Deus

Na parábola que Jesus contou do fariseu e do publicano há duas orações, duas teologias, duas cosmosvisões: uma antropocêntrica, outra teocêntrica. A confiança no Homem versus a confiança em Deus. As obras e a Obra.

O pecador fariseu foi para perto do altar, altivo, orava consigo. Falava de si e comparava-se com os outros, julgando-se melhor que todos. O pecador publicano, ficou longe do altar, batia no seu peito e gemia: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!" Esta história foi contada, disse Jesus, por causa dos “que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros" (Lucas 18:9). Quem se acha muito certo e justo, despreza sempre O único justo e sempre certo Deus. Por outro lado, quem reconhece a sua própria malvadez é justificado pelo Altíssimo. A humildade verdadeira está mais relacionada com a convicção do pecado pessoal do que a tola ideia de ser impoluto ou melhor que os outros.

O santarrão fariseu saiu do templo contente consigo, mas do ponto de vista divino (que é o que conta) continuou condenado. O penitente publicano foi para sua casa justificado, perdoado e transformado. O fariseu esteve perto do altar mas longe de Deus, o publicano estava longe do altar mas perto do Senhor. A única oração que Deus ouviu foi a única oração que foi feita. Como bem disse Sproul: "Deus ouve as orações dos pecadores pois, além do Seu Filho, eles são a única classe de pessoas que oram."

O Reino de Deus pertence, não aos religiosos, aos que se acham bons, ou aos indivíduos que fazem coisas boas, o Reino de Deus pertence aos que sabem que não são nada sem O Pai. Como aqueles meninos que Jesus abraçou (Lucas 18:16-17). Os pequeninos são aqueles que confiam mais no Pai, na Sua graça e misericórdia, do que neles próprios. Sabem que não for a graça e a misericórdia de Deus continuariam irremediavelmente perdidos.

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