segunda-feira, dezembro 07, 2015

Falar da Páscoa no Natal

Chegámos ontem ao ponto crucial da série de pregações no Evangelho de João: a crucificação do Filho de Deus (João 19:19-37). Poderá parecer estranho para alguns falar-se da Páscoa no Advento. Mas se há coisa que o Natal aponta é para a cruz de Cristo. O Logos fez-se carne precisamente para subir à cruz e morrer pelos nossos pecados.

Meditámos nas palavras que se ouviram na cruz. Ditas por Pilatos e pelos algozes e as palavras proferidas por Jesus. Pilatos mandou colocar uma placa no topo da cruz com o título: “JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS” (v. 19). Ainda que de forma provocativa, Pilatos escreveu a verdade. De facto, Jesus não só era o Rei dos judeus, mas é o Rei do mundo, o Rei dos séculos, o Rei dos reis, o Rei dos santos, o Rei de tudo. Quem é o rei do teu coração?

Alguns querem rasgar a indivisível túnica de Jesus. Em Cristo não há divisões. Em Cristo, há uma maravilhosa unidade e comunhão, simbolizadas por esta túnica sem costura. Foi por causa dessa unidade que Jesus rasgou a sua carne e coração.

É muito significativo que das 7 frases proferidas por Jesus na cruz, 3 dessas frases estejam registadas no Evangelho de João. O Apóstolo do amor estava ao pé da cruz. Quando alguém anda perto de Jesus ouve o que os outros não ouvem. Jesus na cruz pronunciou palavras de perdão, salvação, afeição, angústia, sofrimento, vitória e entrega. Jesus hoje já não está na cruz, mas ainda ecoam as suas poderosas palavras que salvam e transformam vidas. A morte de Cristo é o triunfo sobre o pecado, a morte, o diabo. "Está consumado!"

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