segunda-feira, janeiro 05, 2015

O princípio do fim do gelo

A despeito de tanto gelo,
rejeito que me congelem.
Sacudo o frio cantando e
mesmo mancando, caminho.
A força que me compele não é minha.
É a chama do porvir,
que no entretanto presente,
se me ferve neste bulir.

Pode o gelo tolher-me
os pés,
as mãos,
a boca...
até paralisar a acção.
Nunca matará a alma.
O gélido reino pode feri-la
Mas nunca em mim
conseguirá calar o coração
d'Aquele que no princípio do fim
Ordenou: Haja Luz!

Jorge Oliveira

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