segunda-feira, dezembro 08, 2014

A misericórdia cristã é prática

Partilhei ontem na querida Igreja Evangélica em Leça da Palmeira, a maravilhosa ordem de Jesus a Levi: Segue-me! Os religiosos daquele tempo ficaram furiosos quando Jesus, depois de ter chamado Levi (que mais tarde ficaria Mateus), participou num banquete em sua casa juntamente com outros publicanos, que os fariseus consideravam grandes pecadores.

Na concepção religiosa do nosso tempo continua a ideia que quanto mais afastados estivermos dos pecadores, mais santos ficaremos. Mas isto é um erro. Por mais que nos isolemos dos pecadores, o pecado, não só mora ao nosso lado, come connosco todos os dias. Está em nós. Jesus era conhecido como sendo "amigo dos pecadores", especialmente dos que se consideravam fracos, indignos e maus. Isto confundia (e ainda confunde) muito os "defensores da espiritualidade".

Os legalistas religiosos gostam de evidenciar a sua espiritualidade e santidade pelas formalidades exteriores, mas muitas vezes não são acompanhadas de amor e misericórdia. “Uma atitude misericordiosa, de amor e compaixão, é mais importante que a mera formalidade de obrigações religiosas, sem nenhuma preocupação com os outros”, disse D. L. Moody. É mais importante ter uma atitude amorosa, misericordiosa, perdoadora com os que nos rodeiam, a começar pelos nossos familiares e amigos, do que participar em actividades religiosas. A misericórdia cristã é prática. Quando estendemos a mão a quem precisa de nós, estamos a espalhar a graça de Deus. Estamos a seguir Jesus. E esse é o nosso maior chamado e desafio.

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