quinta-feira, setembro 11, 2014

Criados para socializar

Fomos criados para socializar. Quando Deus criou o homem notou que tudo era bom; mas houve uma coisa que Deus viu que não boa: a solidão. Faltava algo a Adão. Eva foi criada por Deus para que homem e mulher desfrutassem da presença e do amor dos da sua espécie. O ser humano procura e precisa do outro. Somos seres sociais. Encontramo-nos e realizamo-nos também no nosso próximo.

Não é de estranhar por isso que as redes sociais tenham tanto êxito. O homem e a mulher continuam a procurar o seu semelhante. Contudo, e por mais avançada que esteja a tecnologia, a melhor socialização que se poderá ter é - e sempre será! - “ao vivo e a cores”. Cara a cara. Nada substitui o cheiro, o toque, o calor, o som da batida acelerada de outro coração humano que está perto. O virtual será sempre só isso - uma imitação. Uma sombra pálida da realidade. A realidade nem sempre é aquela coisa cor-de-rosa e feliz que transparece tantas vezes das redes sociais. A vida real não é assim. Se é verdade que muitas pessoas se escondem no virtual, também é certo que existem outras pessoas que se escondem da vida virtual, com medo que a sua vida mesquinha real se torne conhecida. O tempo irá demonstrar que a virtualidade não acrescenta nem diminui nada à verdade.

Fomos feitos para a comunhão: com Deus e com as pessoas. Quando um individuo não tem prazer em estar com outras pessoas, provavelmente sofre de algum tipo de patologia relacional, emocional e espiritual. As feridas de uma má sociabilização deixam sempre marcas interiores profundas. Na dinâmica relacional, a comunhão com o nosso criador é fundamental. Spurgeon disse que "se formos fracos em nossa comunhão com Deus, seremos fracos em tudo." Estando de boa comunhão com Deus, inevitavelmente estaremos bem com as pessoas que nos rodeiam. Seja no mundo real ou virtual.

“E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só.” (Gén. 2:18)

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