Um "Deus impessoal" — é bem aceito. Um Deus subjectivo de beleza, verdade e bondade, que vive dentro das nossas cabeças — melhor ainda. Uma força de vida informe, surgindo através de nós, um vasto poder que podemos deixar fluir — o melhor de tudo. Mas o próprio Deus, vivo, puxando do outro lado da corda, talvez aproximando-se numa velocidade infinita, o caçador, rei, marido — isso é outra coisa muito diferente.
Há um momento em que as crianças estão a brincar aos polícias e ladrões e de repente, ficam quietas e uma sussurra no ouvido da outra: "ouviste aqueles passos no corredor?" Chega um momento em que as pessoas que estiveram a brincar à religião (“a famosa busca do homem por Deus!”), de repente recuam: E se na verdade O encontrássemos mesmo? Não foi essa a nossa intenção! Pior ainda, admitir por hipótese que Ele já nos encontrou?»
C. S. Lewis, Milagres. Editora Vida.
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