segunda-feira, outubro 15, 2012

Orar sempre e nunca desfalecer!

Uma das grandes questões relacionada com a oração é "Se Deus sabe todas as coisas e conhece as nossas necessidades, porquê orar?" Se O nosso Pai sabe o que precisamos antes de nós lho pedirmos (Mateus 6:8), porque é que Ele insiste para que oremos? Honestamente não sei responder cabalmente a esta e a muitas outras perguntas relacionadas com a oração, mas como bem disse Harold Dunn, "Se esperarmos até entendermos tudo acerca da oração nunca oraremos."

Ontem preguei na querida Igreja local de Leça da Palmeira, a parábola contada por Jesus em Lucas 18:1-8. Logo no preâmbulo, Lucas resume o alvo da história: "uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer." Jesus, não só partilhou o modelo de oração, Ele próprio foi o modelo exemplar da oração incessante.

A oração é um santo dever, é uma ordenança e um privilégio exclusivo dos filhos de Deus. Mais do que uma reza repetitiva, ou da leitura de uma infindável lista de assuntos, a oração implica relacionamento - é a comunhão íntima entre Deus e o homem. A oração é um diálogo amoroso. É a respiração da vida espiritual. Se não orarmos, vamos asfixiar e definhar espiritualmente.

Algumas parábolas fazem comparações e outras apresentam contrastes, como esta. Deus Pai, ao contrário do juiz iníquo da história, é O bom e justo juiz. Ao contrário daquele vil magistrado que desprezava a viúva, Deus deseja ouvir-nos e tem prazer em atender e responder às nossas preces.

A responsabilidade do Juiz não é dar-nos razão, é exercer a sua autoridade e aplicar a justiça. A autoridade, a justiça e o poder pertencem a Deus. Relembro Max Lucado: "O poder da oração não depende de quem a faz, mas de quem a ouve!"

A nossa responsabilidade não é mudar a vontade “do Juiz”, é rogar-lhe para que Ele exerça o juízo, a graça e a misericórdia. Relembro C. S. Lewis: "As minhas orações não mudam a Deus, mudam a mim mesmo.”

A viúva ensina-nos a clamar sem desanimar, a oração deve ser persistente, mas não deve ser encarada como um meio para que Deus faça a nossa própria vontade, antes, que a vontade de Deus seja feita em nós e nos outros – “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu.” (Mt. 6:10). As respostas que recebemos, são as que correspondem à sua santa vontade (1 João 5:14-15).

Há um tempo certo para as respostas de Deus. Algumas são imediatas, outras parecem-nos "tardias" (v.7), mas na agenda divina, Deus "depressa" intervém com verdadeira justiça.

Que Deus nos ajude a orar sempre. Orar por tudo. Orar sem cessar. Orar sem desanimar.


“Pedi e dar-se-vos-á”. Quem pede, recebe!"

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