quarta-feira, novembro 09, 2011

O ego é um ser matreiro

Nem sempre quando fala de si próprio, ou das coisas que realiza, o cristão está a revelar orgulho espiritual. Basta ler os primeiros capítulos da Epístola de Paulo aos Gálatas, 1 Coríntios 9 e tantos outros textos bíblicos para facilmente se entender isso. Por outro lado, dizer ou mesmo pregar sobre o ego estar crucificado ou usar linguagem espiritualizada (o que quer que isso seja), revela um Eu crucificado (veja-se por exemplo Mateus 7:21-23; 1 Coríntios 1:17; 4:19; Filipenses 3:18).

O ego é um ser matreiro e teima em viver e engordar mesmo quando passa fome. Pode estar escondido muito orgulho e jactância, tanto numa voz exaltada, como num silêncio manhoso. O mal está em nós. O grande pregador inglês Charles Haddon Spurgeon gemeu assertivamente "Ai de nós! O nosso coração é o nosso maior inimigo".

Mais do que ignorar ou falar acerca da cruz e da morte do Eu, urge viver e agir como crucificado, “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim”, bradou o Apóstolo Paulo (Gálatas 2:20). Apesar de continuar a viver, o cristão verdadeiro não deve permitir que o seu Eu domine mas é Cristo quem deve viver, conduzir e mandar.

Todos os dias o ego intenta ressurgir, mas quando o consideramos morto em Cristo, ele permanece onde deve estar: na tumba. Basta observar o fruto e as consequências das nossas atitudes, escolhas e decisões diárias para se constatar quem de facto está a viver. Se Eu ou Cristo.

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