quinta-feira, outubro 27, 2011

A despromoção de Éris

Éris, o tal planeta que despromoveu Plutão da primeira liga do Sistema Solar, que aludi aqui em 2006, afinal é mais pequeno do que se pensava. Foi preciso Éris passar à frente de uma estrela, provocando um eclipse visível no nosso planeta, para se concluir que o seu raio é de apenas 1163 quilómetros. Éris, à semelhança de Plutão, é um planeta-anão.

“Como o raio de Plutão se situa entre os 1150 e os 1200 quilómetros, Éris parece ser um gémeo de Plutão, com uma superfície mais brilhante”, disse Bruno Sicardy, do Observatório de Paris, que segundo o Jornal Público, coordenou a equipa que conduziu as medições.

As novas observações mostraram que a superfície brilhante do planeta-anão poderá ser explicada pelo solo gelado ser jovem. Éris ganhou o nome da deusa grega da discórdia, por ser um astro bastante controverso desde a sua descoberta. A sua órbita é bastante excêntrica e à sua volta gravita um satélite chamado de Disnomia, o nome da deusa da desordem, filha da deusa Éris. Caso para concluir que a "desordem" está ligada à "discórdia".

A esta hora, o pequeno Plutão está a rir-se da jovem Éris (Zaqueu também se ri). Sente-se finalmente justiçado pela indigna despromoção. Há coisas que parecem maiores e melhores que outras, mas vai-se a ver e afinal são iguais, ou piores que as primeiras. Muito brilho mas pouco ouro. "Não temas, ó pequeno Plutão!", nem tudo o que reluz é grande.

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