domingo, julho 24, 2011

"Miserável homem que eu sou!"

"O que faz um homem é como se o fizessem todos os homens. Por isso não é injusto que uma desobediência num jardim contamine toda a humanidade; por isso não é injusto que a crucificação de um único judeu baste para a salvar. Schopenhauer porventura tem razão: eu sou os outros, qualquer homem é todos os homens. Shakespeare é de algum modo o miserável John Vincent Moon."

In: Jorge Luis Borges. Ficções. Lisboa: Editora Teorema, 2009, p. 111.

Sem comentários: