sexta-feira, julho 01, 2011

5 Clichés de alguns evangélicos

1. “Que os teus sonhos sejam os sonhos de Deus”
Sonhos de Deus? Deus não dorme, logo não tem sonhos. Tudo o que Deus quer e intenta, sempre, mas mesmo SEMPRE, se cumpre. O homem não tem controlo nos seus sonhos e não pode inviabilizar os desejos de Deus. Em vez de andar à procura dos "sonhos de Deus", devemos realizar, com a ajuda divina, a vontade de Deus revelada nas Escrituras. Bem acordados!


2. “Quero ser um herói da fé, como aqueles da Galeria dos heróis da fé, em Hebreus 11"

Não há nenhuma galeria de heróis da fé. Há homens que serviram bem a Deus e foram um exemplo de fé e serviço. Deus não nos chama para sermos heróis, chama-nos para sermos discípulos e servos do Deus altíssimo. Só há verdadeiramente um protagonista na fé: é Jesus Cristo!


3. “Vou dar o meu melhor para Deus, Ele quer o meu melhor”.
O melhor do homem é insuficiente para Deus. Todas as nossas justiças, obras e esforços são como trapo da imundície para Deus. Aquilo que Deus deseja de nós, não é o nosso melhor, é a nossa vida total. Todo os esforços apartados de Deus e da sua vontade, por melhor intenção que se tenha, nada prestam para a eternidade.


4. "Jesus é o meu único ídolo."
Ídolo? Um ídolo é uma coisa que se interpõe entre uma pessoa e Deus. É algo que separa e afasta a pessoa de Deus. Faz algum sentido dizer que Jesus é um ídolo? Não! Jesus é o Mediador entre Deus e os homens. Jesus é o salvador, o Senhor e O próprio Deus. Comparar Jesus a um ídolo é uma heresia a roçar a blasfémia.


5. “Deus acredita em nós!”
É a mais pura das futilidades. Até pode massajar o ego humano, mas é uma falsidade e desvia-nos do Deus verdadeiro. Um deus que precisasse acreditar nas suas criaturas era um deus fraco e falso. Deus é soberano e omnisciente, conhece muito bem todos os pensamentos e intenções humanas, mesmo antes de as conhecermos. São os homens que precisam acreditar em Deus e não o contrário.

6 comentários:

Euza P. disse...

Excelente o seu blog. Gosto do jeito que vc escreve e, especialmente, do seu conteúdo.
Sou uma cristã nova e desconhecia estes clichês, mas concordo inteiramente com as suas colocações.
Foi um prazer estar aqui.
Jesus é o nosso Senhor!

Dra. Costa disse...

Comentar mais o quê?! ;)

Jorge Oliveira disse...

Caríssimas amigas, Semeadora e Dáuvanny,

agradeço a vossa passagem por aqui e simpáticos comentários.

Deus vos abençoe.

rui miguel duarte disse...

Jorge, embora compreenda o teu ponto-de-vista, e os extremos a que se pode chegar não concordo totalmente. Sobretudo com o 5. Há uma delegação de responsabilidades, com a qual vem uma dose de crédito, da parte de Deus para com os Seus Filhos. Para um trabalho de equipa, em que Ele, como soberano absoluto, deseja e espera a colaboração e cooperação humana, livre, obediente e confiante nele. Colocar tudo como responsabilidade de Deus não é incorrer no pior do Calvinismo, com o qual não alinho? Tudo é graça, soberania total e absoluta de Deus, e nada de participação humana. É o homem mero ser expectante, sem mais. Não sou nisto nem Calvinista nem Pelagiano, mas identifico-me com a posição de meio termo, Arminiana.
Repara: Deus chamou a Gideão "Homem valente". Entre outros exemplos, que mostram que Deus colocou crédito, com a delegação de responsabilidades.
O facto é que Deus não necessitava de depender de nós, mas decidiu depender de nós para implantar o Seu Reino na Terra. Correu e corre o risco de falharmos, mas decidiu que fossem estes vasos de barro imperfeitos a proclamar o Evangelho. Não confiou Ele as chaves do Reino a nós? Nesse sentido Ele confia em nós, como eu entendo: nos que o amam e querem acima de tudo obedecer-lhe.
Abraço

Jorge Oliveira disse...

Olá Rui,
Visto que considero as questões que levantaste pertinentes, darei a resposta num post a publicar ainda hoje.

Um abraço.

rui miguel duarte disse...

É que entendo o teu ponto de vista. E há extremos: ou Deus faz tudo, ou nós podemos e somos o que somos independentemente de Deus.
Parece-me que há necessidade de certo equilíbrio e profundidade nestas coisas. Daí a minha restrição. Deus delega e com isto atribui créditos. E nós somos colaboradores livres, voluntários e obedientes dele, na Sua obra e segundo a Sua vontade.